por Cheyna Corrêa
Atrizes e atores de Hollywood muitas vezes enfrentam desafios que vão além das câmeras. Para alguns, interpretar personagens intensos virou fonte de trauma real em vez de apenas técnica de atuação. A seguir, conheça dez nomes que saíram marcados para sempre pelos papéis que vivem na tela.
Jennifer Carpenter
Em O Exorcismo de Emily Rose, Carpenter enfrentou cenas de possessão que demandavam contorções físicas. Nos bastidores, ela convivia com o rádio que ligava sozinho às três da manhã, sempre tocando a mesma música, até que o suspense se tornou um pesadelo pessoal.
Kyle Richards
Aos oito anos, Richards gravou o primeiro Halloween e só percebeu a dimensão do horror após assistir ao filme pronto. A intensidade das cenas de Michael Myers a deixou sem dormir por dias, marcando sua infância.
Anne Hathaway
Para viver Fantine em Os Miseráveis, Hathaway cortou de fato o cabelo e emagreceu para retratar a miséria da personagem. A experiência a levou a uma depressão momentânea, e ela demorou a se desligar do papel até receber o Oscar.
Shelley Duvall
Na direção de Stanley Kubrick em O Iluminado, Duvall gravou centenas de takes em que precisava chorar e entrar em pânico. A pressão constante a fez perder muito cabelo e deixou sequelas emocionais que duram até hoje.
Jamie Foxx
No filme Ray, Foxx usou próteses que mantinham os olhos fechados para simular a cegueira de Ray Charles. O uso prolongado dos dispositivos gerou episódios de ansiedade e claustrofobia, sintomas de um trauma físico e mental profundo.
Malcolm McDowell
Em Laranja Mecânica, McDowell passou pela cena do tratamento de choque usando um espéculo que abriu seus olhos para colírios e imagens perturbadoras. O atrito raspou sua córnea e quase custou parte da visão, transformando a cena num episódio de terror real.
Leonardo DiCaprio
Para O Regresso, DiCaprio suportou frio extremo de até -30 °C, ficou em contato direto com um cavalo morto e chegou a comer coração de búfalo. Ele define esse trabalho como o mais difícil de sua carreira, um sacrifício que lhe garantiu o Oscar.
Adrien Brody
Em O Pianista, Brody perdeu peso drasticamente e se isolou emocionalmente para retratar o horror do Holocausto. A imersão o levou a uma depressão severa que persistiu por mais de um ano após as filmagens.
Tippi Hedren
No set de Os Pássaros, Hitchcock forçou Hedren a filmar cenas de ataque com aves reais e a submeter-se a assédio moral constante. O constrangimento e a violência psicológica levaram ao fim de sua carreira no cinema.
Sandra Peabody
Em A Última Casa, dirigida por Wes Craven, Peabody sofreu ameaças físicas e verbais de colegas para tornar suas reações mais reais. Ela chegou a ser colocada em perigo de vida, cenário que a fez abandonar a atuação.
Essas histórias mostram que, para alguns artistas, a linha entre ficção e realidade pode se tornar dolorosamente tênue.
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