por Vinícius Miranda
O ex-presidente da PlayStation nos Estados Unidos, Shawn Layden, voltou a agitar a discussão sobre os rumos da indústria ao afirmar que os preços dos jogos deveriam subir a cada nova geração de consoles. Segundo ele, os custos de desenvolvimento cresceram de forma exponencial nos últimos anos, enquanto o preço final dos games permanece praticamente estagnado.
Layden comparou o cenário da era do PS1 com o do PS4, destacando como as margens de lucro mudaram drasticamente. Em tom de brincadeira, declarou:
Havia mais carros esportivos no estacionamento na era do PS1 do que na era do PS4.
Para ilustrar, ele explicou que vender 20 milhões de cópias a US$ 60 de um jogo que custou US$ 10 milhões é completamente diferente de alcançar o mesmo número de vendas em um projeto que custou US$ 160 milhões para ser produzido.
“Zona crítica” da indústria
Durante um painel no GamesIndustry.biz, Shawn Layden alertou que os investimentos atuais estão levando as empresas a uma situação delicada:
Se você gastar mais de US$ 200 milhões para desenvolver um jogo, suas margens são extremamente apertadas, a menos que espere vender 25 milhões de unidades. A menos que você seja a Rockstar, não deveria esperar isso.
O preço está parado, mas os extras aumentaram
O ex-chefe da PlayStation também lembrou que, mesmo sem uma alta generalizada no preço padrão, as editoras encontraram outras formas de compensar: edições deluxe, DLCs, microtransações e passes de temporada já se tornaram práticas comuns para elevar a receita de cada título.
Recentemente, no entanto, começamos a ver sinais de um possível aumento oficial. A Nintendo estreou o valor de US$ 80 com Mario Kart World no Switch 2, e a Microsoft chegou a anunciar The Outer Worlds 2 pelo mesmo preço — antes de recuar e confirmar que seus jogos não ultrapassariam os US$ 70 em 2025.
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