‘Devil May Cry’: Dante vs Vergil está chegando, mas será que criador aprendeu com os erros da 1ª temporada?

Andre Cananea (Texto: Eron “RonyyY” Barbosa)

‘Devil May Cry’: Dante vs Vergil está chegando, mas será que criador aprendeu com os erros da 1ª temporada?
(Divulgação/Netflix)

Na quinta-feira (21), saiu no canal oficial da Netflix um first look na 2ª temporada de Devil May Cry, a prometida série que foi liberada ao público em abril de 2025 – você viu isso aqui no Ei Nerd.

A série foi capaz de causar uma divisão no meio da comunidade de fãs mundiais da obra – onde uma margem pequena aprovou a adaptação, que mantém a base da história, porém uma fatia grande da comunidade reagiu negativamente a obra, que fez alterações nas personalidades dos personagens, inclusive deu menos foco no protagonista Dante e mais espaço para Lady.

Em entrevista com o site Polygon, o criador da adaptação e proclamado “visionário” Adi Shankar respondeu o seguinte quando questionado sobre o que ele esperava que os fãs entendessem pela visão dele na obra:

O que eu espero que os fãs de Devil May Cry entendam é que a melhor maneira de desenvolver uma propriedade intelectual é ter vários criadores trabalhando nela por períodos mais longos. Na verdade, é por isso que DMC perdurou por mais de duas décadas. Hideki Kamiya a criou em 2001, e então Itsuno-san chegou e a tornou sua com DMC 3 (2005), 4 (2008) e 5 (2019). Cada um trouxe sua própria visão e paixão para o universo, e é isso que mantém uma franquia viva — quando ela passa por novas mãos, desde que essas mãos a amem.

Shankar continuou:

Até mesmo a releitura da Ninja Theory em 2013, que recebeu muitas críticas na época, acabou ajudando DMC. Manteve a franquia em pauta, expandiu seu alcance e testou os limites criativos. Isso importa. Porque o que mata uma franquia não é a experimentação — é a estagnação. DmC gerou debate, claro, mas também provou que o apetite por Devil May Cry ainda era forte, o que ajudou a pavimentar o caminho para DMC 5 se tornar um sucesso global anos depois. 

Pelas palavras do próprio Shankar, a ideia dele é continuar evoluindo a visão do show para manter o show relevante e evolutivo, e imaginamos que isso é para o melhor.

O criador disse, em outra entrevista, que jogou DMC 1 pela primeira vez depois de se mudar para América, em 2001, e dois dias depois aconteceu o 11 de Setembro. Segundo ele, essa visão influenciou muito o início do anime de Devil May Cry, onde a humanidade é vista como vilã e os demônios são fugitivos de uma guerra, como alusão aos povos da Ásia Central.

Sobre isso, a resposta inicial ao show foi positiva pelo visual e animação, mas que com alguns episódios, passou a ser detestado pela maioria dos fãs. Porém, as coisas podem mudar com a 2ª temporada.

(Divulgação/Netflix)

Análise do teaser

O teaser mostra Dante liberto depois dos acontecimentos da 1ª temporada, tendo que enfrentar o seu irmão gêmeo mais velho, Vergil. O confronto dos dois personagens é uma das histórias mais clássicas da obra, onde ambos são igualmente poderosos e carregam uma rivalidade lendária entre o mundo dos games.

Nisso, é possível ver Adi Shankar alterando sua visão inicial da obra para a 1ª temporada e explorando mais o que os fãs gostam e se afastando das críticas. O foco é em lutar contra os demônios mais poderosos do Submundo e, claro, a batalha entre Dante e Vergil.

O foco único do teaser foi entre a rivalidade dos irmãos, então é possível que a obra siga a rota que os fãs desejam ao invés de abordar temas sensíveis que falharam em ser revolucionários para o fandom. Porém é um fato que a 1ª temporada tinha trailers e teasers focados em combate, e foi o que foi.

Apesar de tudo isso, existem qualidades que os maiores fãs da obra podem encontrar no anime de Adi Shankar e em nenhum outro lugar. Esperamos que as lições tenham sido aprendidas e a história seja mais coesa.

A 1ª temporada do anime de Devil May Cry está disponível na Netflix, e a 2ª temporada deve sair em 2026, sem data divulgada até o momento.

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