A Industrial Light & Magic (ILM), a lendária empresa de efeitos visuais fundada por George Lucas, em 2025 celebra 50 anos de inovações que mudaram para sempre a forma como vemos filmes. Desde os primeiros efeitos de Star Wars até as criações digitais de Jurassic Park e as tecnologias de produção virtual de O Mandaloriano, a ILM se consolidou como referência mundial em VFX. Para marcar a data, a Variety publicou uma longa matéria narrando os feitos da empresa.
A história da ILM começa no início dos anos 1970. Após o sucesso do filme American Graffiti, George Lucas estava determinado a levar Star Wars a um novo nível visual, mas percebeu que não existia uma equipe capaz de realizar sua visão. Foi então que nasceu a Industrial Light & Magic, com o objetivo de criar efeitos especiais inovadores para cinema.
Segundo John Knoll, supervisor de efeitos visuais da ILM, “a ILM nasceu da necessidade de fazer algo extraordinário”. Para Star Wars, George Lucas inicialmente conversou com Douglas Trumbull, responsável pelos efeitos de 2001: Uma Odisseia no Espaço, mas buscava algo ainda mais dinâmico e inovador. A missão acabou ficando com John Dykstra, que reuniu um grupo diversificado de artistas, engenheiros e músicos dispostos a desafiar os limites da indústria cinematográfica.

(Reprodução/ILM)
O papel de ‘Star Wars’ para a IML
O sucesso de Star Wars não apenas mudou o cinema, mas também consolidou a ILM como um centro criativo permanente. Com O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, a empresa continuou a desenvolver técnicas pioneiras, combinando animação stop-motion, controle de movimento e efeitos digitais de forma inédita.

Jurassic Park (Reprodução)
Entre os marcos mais recentes da ILM está a criação dos dinossauros de Jurassic Park, que mesclou computação gráfica com marionetes, revolucionando os efeitos de criaturas digitais. O diretor Gareth Edwards, de Jurassic World: Recomeço, ressalta:
ILM fez os efeitos visuais evoluírem cena a cena. Cada T-Rex ou Mosassauro que aparecia na tela transformava o filme completamente.
StageCraft em O Mandaloriano
Outro avanço que colocou a ILM na vanguarda do cinema moderno foi o StageCraft, tecnologia de paredes de LED utilizada em O Mandaloriano. Esse recurso permite projetar cenários realistas ao redor dos atores, criando iluminação dinâmica que reage ao movimento da câmera, elevando o padrão da produção virtual no cinema e na TV.

Gravação e ‘O Mandaloriano’ utilizando a tecnologia da ILM (Divulgação/Disney)
Hoje, a ILM vai além dos efeitos tradicionais, expandindo-se para experiências imersivas e projetos musicais, como a recriação digital da banda ABBA em ABBA Voyage. Com mais de 3.500 artistas espalhados pelo mundo, a empresa continua a trabalhar em múltiplos projetos simultâneos, incluindo o próximo filme de Guillermo Del Toro, Frankenstein, que será exibido no Festival de Veneza.
Knoll reforça a filosofia da empresa: “Sempre buscamos novas formas de fazer melhor, e a inteligência artificial será apenas mais uma ferramenta para impulsionar nossa criatividade, sem medo de mudanças ou de nos reinventarmos.”
Com cinco décadas de história, a Industrial Light & Magic segue consolidando seu legado, transformando ideias ousadas em realidade e inspirando gerações de cineastas a repensar os limites do que é possível na tela.
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