por Cheyna Corrêa
Você já conhece o Homem-Aranha, o Batman, a Mulher-Maravilha, o Homem de Ferro, o Superman, o outro Batman, o outro Homem-Aranha e por aí vai. Mas e os super-heróis que não estão nas HQs da Marvel ou da DC? Sim, eles existem, são estilosos, têm poderes incríveis e protagonizam algumas das animações mais criativas e ousadas da história.
Prepare o coração, porque chegou a hora de conhecer heróis animados que vão muito além dos uniformes clássicos e das capas famosas.
Mighty Mightor (1967)
Antes das armaduras com LED e dos trajes de nanorrobôs, existia Mighty Mightor, o herói da Idade da Pedra. Criado pela Hanna-Barbera, a animação conta a história de Tor, um jovem das cavernas que salva um ancião misterioso e ganha um bastão mágico. Quando grita “MIGHTOR!”, ele se transforma em um herói musculoso com poderes incríveis.
E não, ele não está sozinho! Seu dinossauro de estimação, Tog, também se transforma em um dragão cuspidor de fogo. Juntos, eles enfrentam monstros e vilões da selva com muita pancadaria e narração dramática. Um clássico com alma de aventura raiz e cheiro de fita VHS.

Mighty Mightor (Reprodução)
Os Herculóides (1967)
Os Vingadores do planeta Quasar. Essa é uma boa forma de descrever Os Herculóides, também da Hanna-Barbera. A família Zandor, Tara e Dorno é protegida por criaturas alienígenas surreais como o dragão laser Zok, o gorila de pedra Igoo, o rinoceronte-tanque Tundro, e os adoráveis gosmentos elásticos Gloop e Gleep.
A mistura de ficção científica com ação pré-histórica é única. Mesmo com um traço simples, o carisma e a criatividade do time alienígena transformaram o desenho num cult eterno — com direito a participações especiais em outras animações até hoje.
Capitão Planeta (1990)
Antes de ser modinha “ser verde”, o Capitão Planeta já lutava contra vilões tóxicos com anéis mágicos e discursos sobre ecologia. Ao combinar os poderes dos cinco Protetores da Natureza (Terra, Fogo, Vento, Água e Coração), o herói eco-friendly surgia para salvar o planeta — literalmente.
Com vilões inspirados em empresas poluentes e episódios que tratavam desde racismo até tráfico de animais, o desenho foi pioneiro na luta pela consciência ambiental nas telas. E sim, ele derrotava o mal com reciclagem e discurso educativo. Ícone é isso.

Capitão Planeta (Divulgação)
Voltron: Defensor do Universo (1984)
Antes do Megazord, existia Voltron. Um time de cinco jovens pilotando leões robóticos que se combinam para formar um dos mechas mais épicos da história. A série americana, adaptada de dois animes japoneses, foi pioneira em unir ação, ficção científica e drama galáctico.
Com um visual marcante e batalhas espaciais cheias de tensão, Voltron abriu caminho pra tudo que veio depois, de Power Rangers a crossover de Transformers. A versão moderna da Netflix, Voltron: Legendary Defender, manteve a essência e ganhou uma nova legião de fãs.
He-Man e os Mestres do Universo (1983)
Quem disse que só super-herói de cidade grande salva o dia? Em Eternia, o príncipe Adam ergue sua espada e grita: “Pelos poderes de Grayskull… EU TENHO A FORÇA!” e vira o poderoso He-Man.
Criado pra vender brinquedos, o desenho virou um fenômeno global. Com vilões bizarros, moral da história em todo episódio e personagens que viraram ícones pop, He-Man provou que bastam uma sunga de pelúcia e uma espada mística pra entrar na galeria dos grandes heróis animados.
Space Ghost (1966)
O herói intergaláctico mais elegante dos anos 60. Antes de virar apresentador de talk show no Cartoon Network, Space Ghost combatia o mal no espaço sideral com seus braceletes de poder, capa branca e pose de herói clássico.
Com seus ajudantes adolescentes e um macaquinho espacial (sim, Blip era o MVP), enfrentava vilões com nomes que pareciam bandas de rock alternativo. Décadas depois, virou ícone cult no formato de comédia surreal — provando que até super-heróis podem se reinventar.

Space Ghost (Reprodução)
Mutante Rex (2010)
Se você curte ação, ficção científica e mutações malucas, Mutante Rex é a escolha perfeita. Criado pelos mesmos responsáveis por Ben 10, o desenho acompanha Rex Salazar, um adolescente latino infectado por nanites que lhe dão o poder de transformar seu corpo em máquinas e armas.
Com um visual moderno, lutas coreografadas, drama existencial e dilemas tecnológicos, Mutante Rex entregava tudo. Era intenso, estiloso e cheio de camadas — merecendo muito mais reconhecimento do que recebeu.
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