‘Tragédias Coreanas: Histórias de Sobrevivência’ emociona e ecoa traços de ‘Round 6’

Cheyna Corrêa

‘Tragédias Coreanas: Histórias de Sobrevivência’ emociona e ecoa traços de ‘Round 6’
Divulgação: Netflix

O novo documentário Tragédias Coreanas: Histórias de Sobrevivência, lançado pela Netflix este mês, vem com 8 episódios profundos que expõem atrocidades reais e histórias de resiliência na Coreia do Sul. Desde centros de reabilitação abusivos até seitas religiosas tóxicas, o seriado tem sido recebido com forte comoção e reconhecimento crítico — tanto em território sul-coreano quanto internacionalmente.

O que está no documentário?

 Cada episódio traz depoimentos reais e dramas verídicos:

  • Brothers’ Home: sobreviventes relatam abuso infantil e trabalho forçado em um centro que prometia reabilitação.
  • Seitas JMS e Família Chijon: vítimas expõem cultos sexuais e violência coercitiva.
  • Desabamento do Shopping Sampoong: sobreviventes revivem o caos e o custo humano do colapso motivado por corrupção e negligência.

Recepção na Coreia e no mundo

 Na Coreia do Sul, o documentário vem sendo elogiado por resgatar memórias dolorosas que estavam soterradas pela história oficial. Internacionalmente, sua sensibilidade e coragem narrativa têm chamado a atenção da crítica especializada. Documentários históricos com relatos de sobreviventes têm ganhado cada vez mais destaque no streaming global.

O elo com Round 6

 Embora se trate de gêneros diferentes,  o documentário versus drama distópico, Tragédias Coreanas e Round 6 compartilham um mesmo senso de urgência cultural. Ambas as produções retratam sofrimento humano e desigualdades sociais extremas. Round 6 explora metáforas da competição capitalista por meio de jogos mortais e foi inspirado por dramas pessoais e quadrinhos distópicos. 

Especula-se que o que é retratado nos dois primeiros episódios tenha inspirado a criação da série, mas nada foi confirmado – apesar da semelhança que tem espantando muitos que assistiram ao documentário. De cara já se vê várias beliches em um lugar só e pessoas uniformizadas, o que faz com que Round 6 logo venha à mente.

Ambas convergem ao retratar a luta pela sobrevivência e expor feridas de uma sociedade hipercompetitiva,  mas uma faz isso com personagens fictícios numa arena sinistra, e a outra com vozes reais que resistiram ao pior.

Tragédias Coreanas: Histórias de Sobrevivência coloca em foco histórias que precisam ser contadas. E, de certa forma, a complexidade emocional e as desigualdades que Round 6 dramatiza encontram seu paralelo em documentos de pessoas que viveram o real. Isso reforça a relevância de ambas as obras dentro da crescente influência internacional da cultura audiovisual da Coreia do Sul.

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