Como ‘A Casa do Dragão’ resolveu problema das Casas de ‘Game of Thrones’

Andre Luiz

Como ‘A Casa do Dragão’ resolveu problema das Casas de ‘Game of Thrones’

A HBO vem aprofundando a construção do universo de Westeros ao corrigir lacunas deixadas por Game of Thrones. Com o avanço de A Casa do Dragão, a emissora tem resgatado Casas nobres pouco exploradas e ampliado a representatividade política das famílias criadas por George R.R. Martin — e o movimento deve continuar no futuro com O Cavaleiro dos Sete Reinos.

Embora Game of Thrones tenha se consolidado como um dos maiores fenômenos da TV, a produção acabou centralizando sua narrativa em poucas famílias, especialmente os Stark, Targaryen e Lannister. Segundo o material original, Westeros abriga mais de cem Casas nobres, mas a maior parte delas teve espaço reduzido ou foi mencionada apenas de passagem.

Entre as famílias esquecidas estão Florent, Redwyne, Umber, Karstark, Glover, além de Casas inventadas exclusivamente para a série, como Dormand, Greenleaf, Blackbrow, Wibberley, Mazin e Caulfield — muitas delas citadas apenas como referência a produtores e roteiristas.

Algumas Casas relevantes nos livros ganharam pouca expressão na adaptação, como Blackwood e Bracken, que tiveram papéis discretos, apesar de suas histórias milenares.

A Casa do Dragão começa a reparar as ausências

O prequel A Casa do Dragão tem assumido a função de resgatar famílias secundárias, aprofundando alianças, rivalidades e tradições que moldaram o continente. O foco restrito à dinastia Targaryen abriu espaço para explorar a influência de outras Casas que orbitavam o Trono de Ferro.

A série ampliou a presença de:

  • Velaryon, desaparecida em Game of Thrones, mas essencial no período da Dança dos Dragões.
  • Hightower, transformada em força política decisiva por Otto e Alicent.
  • Cole, cuja relevância cresce graças ao impacto de Criston Cole na guerra civil.
  • Cargyll, por meio dos gêmeos Erryk e Arryk, que representam a divisão interna da nobreza.
  • Westerling, com Harrold Westerling atuando como figura de confiança da princesa Rhaenyra.
  • Strong, por meio da influência de Larys, atual Mestre dos Sussurros.
  • Blackwood e Bracken, cuja rivalidade ancestral ganha destaque e consequências diretas no enredo.

Segundo a estrutura narrativa de A Casa do Dragão, cada Casa que interage com os Targaryen recebe atenção equivalente, algo que não ocorreu no original.

Novas produções da HBO devem expandir o mapa político

Com estreia prevista para 18 de janeiro de 2026, O Cavaleiro dos Sete Reinos vai adaptar os Contos de Dunk e Egg, mostrando uma fase mais intimista da história de Westeros. A série deve introduzir Casas como Fossoway, Hardyng, Dondarrion e Highgarden, fortalecendo o panorama sociopolítico que Game of Thrones deixou incompleto.

A expectativa é que as próximas obras sigam o caminho do prelúdio, reconstruindo a tapeçaria de alianças, linhagens e tensões que compõem o continente.

O futuro de Westeros na TV

Com o movimento atual, a HBO busca equilibrar o protagonismo das Grandes Casas e reabilitar famílias que ficaram negligenciadas na primeira adaptação. Ao devolver profundidade histórica à região, o estúdio reforça a complexidade idealizada por George R.R. Martin e prepara o terreno para um universo televisivo mais fiel e diversificado — um Westeros que finalmente se lembra de si mesmo.

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