A complexidade dramática que super-heroínas têm ganhado com o tempo

Estadão Conteúdo

A complexidade dramática que super-heroínas têm ganhado com o tempo

O lançamento de Capitã Marvel, primeiro filme do universo compartilhado do Marvel Studios protagonizado por uma mulher, é excelente oportunidade para recordar a importância que as heroínas tiveram e continuam tendo para a cultura pop.

Entre 1938 e 1950, a chamada Era de Ouro dos quadrinhos não nos legou apenas cuecas por cima das calças – várias mulheres vestiram mantos e capas para lutar contra o crime nessas histórias.

No início de 1940, a protetora sobrenatural das selvas africanas Fantomah foi uma das primeiras heroínas, criada por Fletcher Hanks. No mesmo ano, o próprio Will Eisner concebeu a Lady Luck, que lutava contra o crime apenas com suas artes marciais.

A mais importante personagem desses primórdios, no entanto, foi Miss Fury, uma das principais inspirações da Mulher-Maravilha, que surgiria seis meses mais tarde. Publicada pela primeira vez em abril de 1941, a Miss Fury foi a primeira heroína concebida por uma quadrinista – infelizmente, June Mills teve de usar o pseudônimo Tarpé Mills para ocultar seu gênero.

Em outubro de 1941, foi a vez de Diana de Themyscira surgir e se tornar a mais vigorosa personagem feminina do nicho de super-heróis. Criada pelo psicólogo William Moulton Marston, a Mulher-Maravilha é uma amazona que se misturou à sociedade para defender a humanidade.

Ela se tornou uma das mais relevantes personagens da DC Comics e foi fundadora da Liga da Justiça. No entanto, só ganhou seu primeiro filme próprio em 2017.

Nos anos 1960, surgiram várias heroínas relevantes, como a Mulher Invisível (do Quarteto Fantástico), Jean Grey, Tempestade, Vespa, Viúva Negra, Feiticeira Escarlate – hoje, todas com suas respectivas encarnações cinematográficas, mas nunca como protagonistas.

Entre as mais interessantes personagens dos últimos tempos está Jessica Jones, criada em 2001, e que não apenas subverte convenções dos quadrinhos, como a questão dos trajes, mas discute temas como estupro, relacionamentos abusivos, depressão e assédio sexual. Ela ganhou série em coprodução da Marvel com a Netflix.

Já a Capitã Marvel, que chega aos cinemas na quinta-feira (7), era chamada de Miss Marvel e não tinha um papel muito importante no universo da Casa das Ideias até que a roteirista Kelly Sue DeConnick recriou a personagem em 2012. Durante a saga Guerra Civil II (2016) nos quadrinhos, Carol Danvers, detentora do posto de Capitã Marvel, foi uma das protagonistas se opondo a Tony Stark, o Homem de Ferro.

 

Quando Carol Danvers se tornou a Capitã Marvel e deixou o título de Miss Marvel vago, uma nova personagem, Kamala Khan, herdou sua alcunha. A jovem americana de origem paquistanesa apareceu pela primeira vez nas HQs da Capitã Marvel em 2013 e se tornou uma das favoritas dos leitores.

Os 10 feitos mais impressionantes da Capitã Marvel nas HQs

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