A Substância: a nova geração de terror com influências de Psicose

William Prado

A Substância: a nova geração de terror com influências de Psicose

O filme A Substância é um dos maiores destaques do cinema de 2024, surpreendendo tanto a crítica quanto o público. Dirigido por Coralie Fargeat, a obra oferece uma nova abordagem do terror psicológico, lembrando o clássico Psicose de Alfred Hitchcock, mas com um toque moderno e inovador.

O Enredo: A História de Elizabeth Sparkle

A Substância conta a história de Elizabeth Sparkle (interpretada por Demi Moore), uma atriz que perde seu lugar no estrelato devido ao avanço da idade.

Em busca de uma solução para recuperar sua juventude e beleza, ela se vê atraída por uma misteriosa droga chamada “a substância”.

Embora a droga prometa transformar Elizabeth na versão idealizada de si mesma, o que ela não sabe é que a substância trará consequências aterradoras.

A transformação de Elizabeth resulta na criação de Sue (vivida por Margaret Qualley), uma versão jovem e radiante de Elizabeth, que logo começa a tomar controle de sua vida, levando a protagonista a um terror psicológico e físico de proporções dramáticas.

Referências e Homenagens ao Cinema Clássico

A Substância não apenas se destaca por sua narrativa impactante, mas também por suas referências a filmes de terror clássicos, especialmente a Psicose.

Assim como em Psicose, o banheiro se torna um local central no filme, representando o espaço de vulnerabilidade e exposição das personagens.

No filme de Hitchcock, Marion Crane (interpretada por Janet Leigh) é atacada enquanto está no chuveiro, uma cena histórica do cinema que simboliza a perda de controle e segurança.

A Substância também utiliza o banheiro de forma estratégica, sendo o local onde Elizabeth lida com suas inseguranças mais profundas.

Em um dos momentos mais impactantes do filme, Sue “nasce” de forma grotesca no banheiro, uma cena brutal que remete à ideia de “renascimento” e dor.

A Influência de Psicose e O Uso do Banheiro

A conexão com Psicose vai além das referências visuais e do cenário do banheiro. No filme de Hitchcock, a cena do chuveiro se torna um marco por mostrar Marion Crane vulnerável, sem defesa e exposta.

A Substância também utiliza esse espaço íntimo para revelar as fraquezas de Elizabeth, como quando ela toma a droga, se vê diante de suas imperfeições antes de um encontro e percebe que Sue está roubando sua juventude.

Sucesso de Crítica e Impacto no Público

Com um enredo que mistura horror corporal e tristeza emocional, A Substância recebeu elogios da crítica por sua capacidade de tocar temas universais, como a insegurança com o envelhecimento e o impacto da imagem corporal.

A obra também foi comparada a outros filmes de terror de 1989, que exploraram temas semelhantes com sucesso.

O filme, disponível para streaming no MUBI, também vem conquistando uma base fiel de fãs e alcançou uma excelente pontuação no site Rotten Tomatoes.

A obra está se tornando um grande exemplo de como o terror psicológico pode ser revisitado, sem perder sua essência, para tocar questões sociais contemporâneas.

A Substância se revela uma obra de horror psicológico envolvente, com uma história perturbadora e personagens profundas.

Suas referências a Psicose são claras, mas a forma como o filme lida com a vulnerabilidade humana e o medo do envelhecimento o tornam único. Se você é fã de filmes de terror e aprecia uma crítica social disfarçada de suspense, não deixe de conferir este lançamento.

O filme segue em alta e é uma das principais surpresas de 2024, mostrando como o cinema de horror psicológico pode se reinventar sem perder sua capacidade de chocar e emocionar o público.

FONTE: Screenrant

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