A volta do sucesso dos filmes de super-heróis: o que DC e Marvel precisam fazer para não repetir erros

A chamada “fadiga de super-heróis” se tornou um problema real para Hollywood. Durante anos, DC e Marvel trataram adaptações de quadrinhos como uma fonte inesgotável de dinheiro. Orçamentos cresceram, tramas se tornaram cada vez mais complicadas e as sequências vinham uma atrás da outra, cada uma prometendo ser um grande evento. Mas o público começou a se cansar e o excesso ameaçou acabar com o encanto do gênero.

Neste verão, dois lançamentos importantes marcaram um ponto de virada: Superman e Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. As produções não apenas corrigiram o rumo, mas reiniciaram o jogo. Eles devolveram o que os fãs mais amam no gênero: espetáculo com emoção, personagens humanos e histórias que conectam de verdade.

O que mudou nos novos filmes

James Gunn, copresidente da DC Studios e diretor de Superman, afirmou que nenhum filme será feito sem um roteiro sólido, criticando a fase dos longas cheios de explosões e pouco conteúdo. Já Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, prometeu reduzir o número de filmes e séries derivadas, priorizando qualidade.

Uma das decisões mais elogiadas foi pular as histórias de origem. Tanto em Superman quanto em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, a trama já começa com os heróis em ação. Essa estratégia segue uma tradição de segundas partes que marcaram o gênero, como Batman: O Cavaleiro das Trevas, Superman II e Homem-Aranha 2, considerados os melhores de suas franquias.

O risco de repetir o passado

Mesmo com o sucesso, há sinais de alerta. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos termina com uma cena pós-créditos anunciando: “O Quarteto Fantástico retornará em Vingadores: Dia do Juízo Final”, que contará com 14 super-heróis. É exatamente esse tipo de superprodução inflada que já afastou parte do público no passado.

O desafio para a nova DC e a nova Marvel é manter a simplicidade e o foco que tornaram Superman e Quarteto Fantástico tão bem recebidos. Se voltarem a criar tramas superconectadas e confusas, podem cair na mesma armadilha que quase enterrou o gênero.