O anúncio de um show do AC/DC no Brasil é sempre um acontecimento, até porque a banda australiana não esteve tantas vezes assim por aqui. Mas quando toca no país, o grupo dos irmãos Young entrega apresentações históricas, como já aconteceu em outras três oportunidades além da próxima, em fevereiro de 2026.
O AC/DC foi fundado em 1973 pelos irmãos guitarristas Malcolm e Angus Young, nascidos na Escócia. A formação clássica era completada pelo baterista Phil Rudd, o baixista Mark Evans – mais tarde substituído por Cliff Williams – e o vocalista Bon Scott. Foi assim que a banda ganhou fama.
A trajetória dos australianos foi marcada pela morte de Scott em 1979, no auge da popularidade. Brian Johnson entrou no seu lugar e o grupo continuou sua história como um dos maiores nomes do rock. Foi na metade dos anos 80 que o Brasil começou a fazer parte dessa saga.
Rock in Rio, 1985
O maior festival já realizado no Brasil até aquele momento trouxe o AC/DC como uma de suas principais atrações, junto de Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Queen, Scorpions e outros. A banda tocou em duas noites do evento, já com Johnson nos vocais e Simon Wright na bateria.
O show veio em seu formato completo, com direito aos canhões em volta do palco, que disparam durante “For Those About to Rock (We Salute You)” e o enorme sino que desce do teto em “Hell’s Bells” – que ganhou uma cópia feita de isopor e gesso, já que o original, transportado de navio, pesava entre 1,5 e 2 toneladas e a estrutura do festival simplesmente não o suportaria.
Confira um vídeo do primeiro show:
Ballbreaker, 1996
A segunda passagem do AC/DC pelo Brasil aconteceu mais de uma década depois da primeira. A banda divulgava o disco Ballbreaker (1995) e fez questão de trazer novamente toda a parafernália que levava para a Europa e América do Norte – dessa vez, ainda maior que a de 1985.
Nos dois shows, em Curitiba e São Paulo, o palco trazia um guindaste praticamente em tamanho real, com uma imensa bola de metal usada para demolições. A estrutura era então “demolida” antes que os músicos – agora acompanhados do baterista Phil Rudd, da formação clássica – entrassem.
Um registro da mesma turnê, na Espanha, foi lançado em vídeo com o título No Bull (1996). Veja:
Black Ice, 2009
Ninguém mais acreditava que o AC/DC passaria por aqui, mas depois de 6 anos sem fazer shows, a banda caiu na estrada para divulgar o álbum Black Ice (2008). Rendeu um único show em São Paulo, no estádio do Morumbi, com direito a um “trem descarrilado” invadindo o palco na abertura.
Acabou sendo uma das últimas apresentações do guitarrista e fundador Malcolm Young, que no ano seguinte foi diagnosticado com diversos problemas de saúde e se afastou dos palcos, vindo a falecer em 2017. Desde 2010, ele vem sendo substituído por seu sobrinho, Steve Young.
A turnê foi registrada na passagem da banda pela Argentina, que rendeu um dos vídeos ao vivo mais celebrados da carreira da banda, Live at River Plate (2009). Veja:
Power Up, 2026
Nos últimos 17 anos desde a última vinda, muita coisa aconteceu com o AC/DC: o vocalista Brian Johnson saiu e voltou, Axl Rose, frontman do Guns N’ Roses, fez uma turnê com a banda, o baterista Phil Rudd foi preso, mas os velhinhos seguem firmes e fortes. Em 2020 eles lançaram o álbum Power Up, mas só agora estão conseguindo sair em turnê para divulgá-lo.
É essa a razão da próxima visita do AC/DC ao Brasil: assim como em 2009, eles tocarão apenas em São Paulo, no mesmo estádio do Morumbi, no dia 24 de fevereiro. A formação traz Matt Laug na bateria e Chris Chaney no baixo, na vaga de Cliff Williams.
Quem for fã da banda e ainda não conferiu uma apresentação ao vivo, terá mais uma das raras oportunidades de conferir os australianos no Brasil!





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