Atenção: Spoilers de Jurrasic World: Reino Ameaçado abaixo.
O final de Jurrasic World: Reino Ameaçado pode mudar o futuro da franquia de dinossauros criada por Steven Spielberg. Pela primeira vez, a conclusão de um filme da série fica em aberto e retrata as criaturas pré-históricas fugindo pelo planeta, o que pode ter diversas ramificações para a sequência.
Confira abaixo uma explicação do final do filme, bem como o que podemos esperar para o futuro de uma das séries mais famosas do cinema.
Os dinossauros estão livres
Jurrasic World: Reino Ameaçado envolve a ética de permitir ou não a existência dos dinossauros no planeta. Sua primeira metade aborda os esforços para salvar as criaturas de Isla Nublar antes que o local seja destruído por uma erupção vulcânica. Já a segunda metade revelou que os humanos por trás dessa missão podem ser tão perigosos quanto a mãe natureza. Mas cometeram o erro de pedir a ajuda de Owen Grady e Claire Dearing, que tentaram parar o quase incontrolável Indoraptor. Eles, claro, foram bem sucedidos, com a ajuda de Blue. Enquanto isso, a maior parte dos vilões se tornaram comida para as criaturas e ou morreram das mais diversas formas.
Durante toda a ação final, um gás tóxico foi liberado nas jaulas em que restavam os dinossauros sobreviventes. Apesar de seus esforços, Owen e Claire acabaram aceitando tal fato como uma ordem natural, mesmo que vá de encontro com o que lutavam. Já Maisie Lockwood viu tudo de forma diferente. Uma clone da filha de Benjamin Lockwood, um dos criadores do Jurrasic Park, enxergava os dinossauros igual ela mesma: produtos do homem que mereceriam ter seus direitos. Então ela acaba os libertando durante a noite.
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Jurrasic World: Reino Ameaçado termina com uma montagem mostrando os impactos da decisão emotiva de Maisie, com os dinossauros voltando a andar pelo planeta das mais diversas formas, enquanto frascos com DNA das criaturas são levados para mais testes no futuro. E Ian Malcolm ainda declara: “Bem vindo ao Mundo Jurássico!”
E a breve cena pós-créditos ainda retratou essa questão, ao mostrar um par de Pteranodons voando até a famosa cidade de Las vegas e pousando em cima da réplica da Torre Eiffel. Não adiciona grande coisa, mas reforça essa mensagem.
O final do filme é também uma forma de reafirmar a transição do nome da franquia de Jurrasic Park para Jurrasic World: os dinossauros não estão mais trancafiados em um parque e agora, voltaram a caminhar pelo planeta.
Mais horrores devem vir pela frente
Por incrível que pareça, ver os dinossauros andando por aí de novo é o menor dos problemas. O final de Jurrasic World 2 é cheio de novas ameaças potenciais relacionadas as modificações genéticas realizadas nos últimos 25 anos.
O primeiro deles é a própria Maisie. Apesar dessa possibilidade já ter sido citada desde o primeiro Jurrasic Park, Jurrasic World: Reino Ameaçado foi responsável por introduzir os clones humanos. Apesar de ser apenas uma garotinha inocente, o potencial de sua mera existência não possui limites. Ela foi criada para que Lockwood se lembre de sua filha, então de certa forma, ela pode viver para sempre. Mas a tecnologia pode acabar sendo usada de forma equivocada e com planos maléficos, por exemplo.
Falando a respeito dos dinossauros, já ficou claro que eles ainda serão o grande centro das atenções. O diretor Colin Trevorrow já disse que mais versões híbridas devem aparecer em Jurassic World 3, e isso não significa que versões melhoradas das espécies em existência surgirão. Vale lembrar que frascos com o DNA de dinossauros foram levados para algum lugar misterioso. E como Henry Wu escapou e ele mostrou ser o típico cientista louco, existe um potencial perigoso nessa história.
Além disso, apesar do final não lidar com isso diretamente, existe outra ameaça, em potencial, que pode surgir no próximo filme: soldados dinossauro. Esse era o grande objetivo de Hoskins no primeiro Jurrasic World e o motivo da criação do Indoraptor em Jurrassic World: Reino Ameaçado.
O mundo realmente se tornou jurássico?
O final de Jurassic World: Reino Ameaçado lida, principalmente, com as ações de Maisie e o efeito cumulativo de tantos experimentos científicos, pois agora, os dinossauros podem voltar a ser a força dominante do planeta. Como dito anteriormente, o título agora revela que o mundo voltará a ser tomado por essas criaturas pré-históricas.
Mas será que isso realmente irá acontecer? Apesar dos dinossauros terem fugido com a ajuda de Maisie, podemos dizer que não existe mais do que uma dúzia deles soltos por aí. E mesmo que consigam se reproduzir, dificilmente isso causará a catástrofe global que Malcolm sugeriu. E falando a respeito dos frascos de DNA, algum tipo de sanção deve ser colocada em jogo, especialmente no caso de algum ataque ou coisa do tipo, a não ser que esses experimentos sejam conduzidos de forma clandestina.
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Essencialmente, apesar da franquia ter aberto uma “Caixa de Pandora”, muitas possibilidades ainda estão em aberto. O terceiro filme terá de lidar com os dinossauros andando pelo mundo, mas o atual impacto e a integração pode acontecer das mais diversas maneiras. Um mundo jurássico pode realmente surgir, como Ian Malcolm disse, ou pode apenas mostrar Owen e Claire tentando resgatar as criaturas restantes. De qualquer forma, vários cenários podem ser explorados em Jurassic World 3. Resta aguardar e saber qual deles será escolhdio.
A questão do poder ilimitado
Todos os filmes da franquia retrataram, de uma forma ou de outra, os mesmos assuntos: a maravilha e o terror de ver o retorno dos dinossauros; se as ações de John Hammond são moralmente corretas ou não; os perigos disso e como que o corporativismo pode interferir em tudo. Cada filme tentou explorar, de sua forma, esse pontos, com a exceção de Jurassic Park III, que apenas abordou a ameaça dos dinossauros.
Jurrasic World, por exemplo, explorou os malefícios do corporativismo, uma situação que já havia sido citada em Jurassic Park, que mostrou os dois lados do negócio: toda a majestade dos dinossauros e a pesquisa por novos caminhos, mas que envolve um negócio que brinca de ser Deus e pode colocar vidas de pessoas em risco.
Reino Ameaçado também apresenta esse aspecto financeiro, especialmente na segunda metade, mas definitivamente, aborda mais a questão moral: como lidar com os dinossauros e um poder quase que ilimitado?
Jurrasic World 2 é voltado jutamente para abordar de tudo um pouco: a imprevisibilidade da mãe natureza; os dinossauros são amados e temidos ao mesmo tempo; pessoas boas utilizam a tecnologia para questões moralmente questionáveis (Lockwood recriando sua filha); vilões que tratam as criaturas como prêmios; os heróis são forçados a mudar suas visões altruístas; e principalmente, o horror da descoberta de um clone humano.
Jurrasic World: Reino Ameaçado pode ter dado um passo maior que a perna por conta de sua narrativa e inúmeros temas e questões que ainda precisam ser lidados na sequência. Mas que ao menos, valem a reflexão. Além de mostrar que grande poder é algo perigoso e que as emoções podem ser tão incontroláveis quanto a natureza.
Fonte: Screen Rant








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