Amores Materialistas chegou com a promessa de ser a comédia romântica leve e divertida que andava fazendo falta no cinema. Com Dakota Johnson, Chris Evans e Pedro Pascal no elenco e direção de Celine Song (Vidas Passadas), tudo indicava que teríamos um triângulo amoroso daqueles bem clichês — e bons de assistir. Mas o resultado ficou longe disso.
A história acompanha uma casamenteira (Dakota Johnson) que reencontra o ex-namorado (Chris Evans), enquanto desperta o interesse de um milionário (Pedro Pascal). O problema? Ela deixa claro que só se interessa por homens muito ricos, repetindo isso várias vezes. A trama tenta fazer uma crítica aos relacionamentos superficiais e “materialistas” de hoje, mas entrega um roteiro sem graça e com personagens que não convencem.
Apesar de levantar questões interessantes sobre padrões inalcançáveis, pressão por compatibilidade e superficialidade nos encontros, o filme se perde em diálogos artificiais e decisões incoerentes da protagonista, que muda de opinião o tempo todo. As subtramas, como a de uma cliente que encontra o “par ideal” mas acaba com um homem abusivo, até tinham potencial, mas ficam jogadas e sem desenvolvimento real.
O elenco até se esforça, mas os personagens são rasos e sem carisma. No final, depois de passar boa parte do filme criticando o amor e reforçando preconceitos de classe, a história tenta entregar uma lição positiva — sem conseguir sustentar a mensagem. O resultado é um filme que nem é engraçado, nem é romântico, e que pode até desanimar quem ainda acredita no amor.
Veredito do Peter:
se você quer rir ou se emocionar, Amores Materialistas não é a escolha certa. Mas se a ideia é sair do cinema com a fé no romance abalada, aí sim, pode valer a pena.
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