O segundo episódio de Cavaleiro da Lua foi lançado, dessa vez com muito mais ação, respondendo boa parte dos mistérios da série e levantando vários outros.
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Felizmente, todos os outros mistérios e referências que esse episódio 2 levantou estão nos quadrinhos, tudo que aconteceu no Egito no passado, toda essa história do Khonshu trocar de avatar, a imortalidade do Cavaleiro da Lua. Continue a leitura para entender tudo o que está rolando na série!
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Para começar, um fato que deve ser levado em conta é que existem várias coisas novas que foram inseridas na história.
Como, por exemplo, ele ser casado com essa tal de Layla, que também é boa de briga, acompanhou a vida dele de mercenário e tudo mais. Essa história é exclusiva da série, não existe nos quadrinhos.
No início das histórias do Cavaleiro da Lua ele tinha uma esposa, mas faz bastante tempo que não tem mais, até porque o personagem mudou muito desde as HQs clássicas até agora.
Nas HQs modernas, não tem muito espaço para ele ter uma “vida comum” com esposa e tudo mais, porque ele está sempre vendo um outro mundo bizarro, pirâmides do Egito no meio de Nova York, pessoas com cabeça de criaturas egípcias, fantasmas…
Marc Spector vive em outro mundo, ele não tem mais como ser um cara casado comum. O da série percebeu isso também, com todas essas histórias de avatar ele prefere manter distância da esposa para não colocá-la em perigo.
Aquela típica história do Homem-Aranha ter que ficar longe da Mary Jane, mas ele nunca fica né?
A questão é que o Marc na série até consegue fazer isso, mas o Steven está sempre trazendo a Layla para perto. Ele se interessa por tudo que ela gosta, estudos egípcios, poesia francesa…
De certa forma, a personalidade do Steven surgiu baseada em alguns gostos e preferências da Layla. Ele inconscientemente ia atrás e gostava de coisas que ela gostava também.
Então, no final das contas, a série deve acabar fazendo a Layla se apaixonar pelos dois lados desse cara, Marc e Steven. Isso é como casar com duas pessoas diferentes, os dois são completamente diferentes.
É até engraçado que colocaram o Marc para ser um militar casca grossa, um americano “macho alfa”, enquanto o Steven é um britânico “beta” meio lerdão. Escolheram os dois extremos do estereótipo masculino. Tem uma piada implícita nisso, com toda a certeza.

Episódio responde mistérios
A respeito do episódio, ficou um tanto quanto óbvio que ele foi mais focado em responder algumas questões.
Agora, o público geral tem uma noção melhor de que o Khonshu é um deus que está preso em outro plano e só pode manifestar suas vontades através de um avatar.
Agora, as pessoas têm uma noção melhor do que é ser um avatar de uma entidade egípcia. Arthur Harrow explica que ele já foi um avatar de Khonshu antes, mas discordava dele. Aí a série entra em um debate que é bastante comum nos quadrinhos.
Khonshu representa a justiça, a punição depois que alguém comete um crime ou faz algo errado. Isso é o que os heróis fazem, não é mesmo? Enquanto Ammit, a deusa crocodilo, julga a pessoa por algo que ela ainda não fez, avalia pela intenção. Ou seja, vai contra o livre arbítrio.
Acontece que o Steven até fala “isso inclui matar crianças”, porque se você está julgando alguém pelo que ele pode fazer no futuro, você vai matar crianças também. Seria como o Máquina de Combate que queria matar o bebê Thanos.
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Isso é um debate recorrente nos quadrinhos, Guerra Civil 2 foi assim… Tinha um Inumano chamado Ulysses que previa o futuro e o time da Capitã Marvel estava usando isso para evitar assassinatos e catástrofes, punindo pessoas antes delas cometerem o crime de fato – e ela foi a vilã da história.
No filme do Soldado Invernal, por exemplo, a discussão era essa. A S.H.I.E.L.D. queria eliminar alvos usando o algoritmo de Zola para analisar quem era mal, quem iria cometer algum crime antes de cometer de verdade. O Capitão América fica contra dizendo que isso não é liberdade.
O problema foi que esse diálogo em Cavaleiro da Lua está meio infantil, poderia ter sido desenvolvido melhor como em Soldado Invernal, por exemplo. Na série, foi mais uma desculpa para fazer o público entender porque o protagonista é bonzinho e o vilão é malvado.
Ao menos já ficou claro o plano do vilão. Ele quer o escaravelho porque ele é tipo uma bússola para a tumba de Ammit. Ele vai tentar ressuscitar a deusa ou algo do tipo, para fazê-la julgar todo o mundo, apagar todas as pessoas más do planeta, ele quer transformar o mundo em uma espécie de paraíso.
Quanto ao Arthur Harrow e a galera que segue ele, estão convencendo de verdade que são de uma seita bizarra e isso sai um pouco dos vilões clichês dos filmes de super-heróis.
Os trajes do Cavaleiro da Lua
Agora outra questão que precisa ser comentada é sobre esse lance de invocar a roupa. Isso é uma parada que existe nos quadrinhos, mas acontece pouco porque o Cavaleiro da Lua é uma mistura de personagem urbano com místico.
Já na série, estão focando só nesse lado místico para sair um pouco daquela ideia de que ele é o “Batman da Marvel”, algo que muita gente pensava. Então, por isso, a roupa dele é uma invocação mágica, ele só tem poderes quando invoca a roupa.
O Marc invoca um traje cerimonial de Khonshu, algo que lembra uma múmia, enquanto o Steven formou um traje mais fino. O diretor do episódio já esclareceu que cada personalidade tem sua ideia do que seria um traje heroico, por isso são diferentes.
Isso é uma enorme mudança dos quadrinhos, porque lá são simplesmente personalidades diferentes mesmo, o Cavaleiro da Lua usa um traje de tecnologia, igual qualquer vigilante e tem uma personalidade mais violenta.
Enquanto o Senhor da Lua, que é outra personalidade, usa esse uniforme com o terno e tem uma personalidade mais investigativa, mais detetive, interage com a polícia etc. Não existe aquilo de que personalidades diferentes que não sabem lutar.
Diante disso, é até estranho ver o Steven no controle do traje porque é estranho imaginar um Cavaleiro da Lua todo atrapalhado, sem saber dar um soco, fazendo piada e apanhando.
De toda forma, na série funciona. É interessante que deixaram bem claro que ele tem superpoderes mesmo, amassou parte do carro sem querer, deu um mega pulo de um prédio para o outro.
O jeito que o Marc derrotou o Chacal também foi incrível. A coreografia da cena foi bem massa, terminou com uma fotografia bonita do Chacal empalado na lua.
Algumas pessoas estão reclamando do CGI dessa cena e dá para entender os motivos. Se comparar com as outras séries do Disney+, parece que Cavaleiro da Lua está mesmo inferior em computação gráfica.
É preciso avaliar também que essa série tem mais coisa sobrenatural, tem boneco sendo feito inteiro de CGI e, mesmo assim, ainda está bem acima do de qualquer série de herói praticamente.
Se pensar nas séries da CW ou pegar O Legado de Júpiter, o CGI é bem pior do que em Cavaleiro da Lua, então, isso acabou passando batido.
O problema é que o público se acostumou muito com o alto nível das grandes produções do cinema.
As pessoas esquecem que antigamente viam os jogadores quadrados no bomba patch do PS2 e ainda falavam: “Ah lá, ta igualzinho o Ronaldinho, parece de verdade”. Então é, o público está mal acostumado por conta do cinema.
No mais, o CGI foi o único ponto “baixo” também. As atuações estão boas, Oscar Isaac manda bem demais, ele está conseguindo passar muito bem aquela expressão de alguém que tem mesmo um transtorno mental, alguém que está com problema, consegue interpretar dois personagens completamente diferentes e te convencer dos dois.
Marc é claramente mais violento, ele chutando seu próprio reflexo no vidro para o Steven calar a boca é bom demais. Aquilo foi arte. Uma cena muito boa dele discutindo com ele mesmo também. Pelo que os diretores falaram, seria assim mesmo, primeiro o público conheceria o Steven e, depois, o Marc.
Agora parece que o Marc vai ficar no comando por mais tempo, terá mais ação séria no Egito, onde tudo começou. No próximo episódio, vão explicar a origem do Marc também.
Nesse episódio 2 mesmo, já falaram algumas coisas… Falaram das pessoas que foram mortas quando o Marc trabalhou como mercenário no Egito.
Nas HQs, aquele foi o dia que o Marc virou o Cavaleiro da Lua. Não foi ele quem matou a sangue frio o pessoal no Egito. E sim o Bushman, o Marc na verdade foi contra matar as pessoas a sangue frio naquela missão e por isso o Bushman matou o Marc.
Marc morreu perto de um templo de Khonshu, ele estava no Egito e foi revivido como avatar do Khonshu. Nesse episódio mesmo também falam um pouco disso naquela conversa do Marc com o Khonshu. Até agora a origem está bem fiel aos quadrinhos.
Aliás, outro ponto positivo do episódio foi o Khonshu fazendo chantagem com o Marc, ameaçando usar a Layla como próximo avatar, porque nos quadrinhos o deus é sacana assim mesmo.
Ele já até deixou o Marc na mão algumas vezes, já escolheu outra avatar no lugar dele porque achava que ela faria melhor a missão dele de justiça, de forma mais violenta.
Cavaleiro da Lua está sendo uma das séries mais interessantes de acompanhar do Disney+ até o momento. Apesar de ser a série que está gerando menos teoria, né?
A única teoria agora é sobre a mãe do Marc, porque o Steven fala com ela, mas o Marc não. Então fica a dúvida: Essa mãe existe mesmo? Nos quadrinhos ela está morta…
Pode ter também que tenha algum plot twist envolvendo o Crawley, nas HQs esse velho é um dos principais informantes do Cavaleiro da Lua.
Nas HQs clássicas era sempre assim, o Marc assumia a identidade falsa de Jake Lockley, que é um taxista, para pegar informações do submundo do crime. Daí ele chegava em uma lanchonete que o Crowley sempre estava lá e o Crowley contava o que estava acontecendo nas ruas.
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Na série, até agora, o Crowley é só um daqueles caras que se faz de estátua para ganhar uns cascalhos. Mas ainda não dá para saber se tem alguma reviravolta.
Para além disso, a série do Cavaleiro da Lua parece meio à parte do resto do Universo Cinematográfico Marvel (UCM) – e antes mesmo da estreia os envolvidos já tinham afirmado isso com todas as letras. Até porque a Marvel só começou a usar magia de verdade agora nas séries.
Pense nos primeiros filmes do Thor e do Doutor Estranho… Parece muito que a Marvel está com vergonha de admitir que tem magia no universo deles. Eles falam como se fosse uma ciência que as pessoas não entendem por ser muito avançada ou uma parada mais cósmica.
Concluindo, desde Wandavision a Marvel ‘chutou o balde’ e falou: Tem magia do caos sim, tem feitiço, tem bruxa. Agora em Cavaleiro da Lua tem deuses egípcios, artefatos místicos, criaturas mitológicas, então finalmente tão assumindo a magia como tem que ser.
Isso é um ponto muito positivo. Até porque desenvolver esses outros panteões de deuses pode gerar histórias boas para o Thor no futuro.
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