A pirataria de anime e os vazamentos de mangá continuam sendo um problema significativo para a indústria de animação, mesmo com a crescente acessibilidade a conteúdos licenciados por meio de serviços de streaming. Com plataformas como Tubi e Freevee oferecendo animes gratuitos, a expectativa era que a pirataria diminuísse. No entanto, esse problema parece ter se intensificado com o avanço da tecnologia. Recentemente, o animador Sota Shigetsugu, conhecido por seu trabalho em One Piece, viralizou nas redes sociais ao expressar sua frustração com essa prática.
Em uma postagem nas redes sociais, Shigetsugu desabafou sobre a cultura da pirataria e como isso afeta a indústria. “Eu sei que a maioria dos fãs são pessoas boas, mas frequentemente vejo alguns fãs no exterior… ansiosos por vazamentos ou agradecendo àqueles que vazam conteúdo. Isso me frustra muito quando vejo filmagens piratas sendo circuladas logo após serem lançadas nos cinemas,” escreveu o animador.
Shigetsugu destacou que esses vazamentos estragam a experiência de muitos espectadores. “Quantas experiências de leitura e visualização foram arruinadas por causa dos vazamentos? Embora aqueles que vazam conteúdo sejam obviamente terríveis, o que me irrita ainda mais são os chamados fãs que apreciam isso. Não ajam como se isso fosse algo para se divertir.”
O animador também criticou os lançamentos simultâneos globais, argumentando que essa prática tem aumentado os vazamentos, especialmente no exterior. Para Shigetsugu, se os lançamentos fossem feitos primeiro no Japão, os vazamentos seriam menos frequentes. “O lançamento simultâneo global de filmes é o pior. Se os lançamentos fossem apenas no Japão, as filmagens piratas quase nunca aconteceriam, mas assim que é lançado no exterior, as filmagens piratas começam a circular no primeiro dia.”
A insatisfação de Shigetsugu reflete o sentimento de muitos profissionais da indústria de animação. Nos últimos anos, estúdios e distribuidores de anime têm intensificado suas ações contra a pirataria. Em um caso recente, a Netflix foi vítima de um grande vazamento de dados que incluiu títulos de animes importantes, como Dandadan. Outros estúdios, como Science Saru, também se manifestaram contra a prática.
Nos últimos cinco anos, editoras e distribuidores têm recorrido a processos judiciais históricos para combater sites de pirataria. Nos Estados Unidos, licenciatários como Aniplex ajudaram a desmantelar alguns dos maiores portais de pirataria de anime. Agora, o grande desafio é determinar se essas medidas serão suficientes para reduzir ou acabar com a pirataria, ou se apenas desacelerarão a sua disseminação.
À medida que a luta contra a pirataria continua, a indústria de animação busca encontrar novas maneiras de proteger seus conteúdos e garantir que os fãs possam aproveitar suas obras favoritas de forma legal e justa.
Fonte: CB
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