Embora grandes sucessos como House of the Dragon, Shogun e Arcane tenham dominado as discussões no último ano, não foram eles os mais pirateados de 2024. Segundo um levantamento da Muso, publicado pela Variety, oito das dez séries mais pirateadas do ano passado foram animes, com apenas The Boys e House of the Dragon marcando presença na lista.
O crescimento da pirataria de anime e mangá
O aumento da pirataria de animes já era preocupante, mas o dado mais chocante do relatório é que mangás superaram os animes como o conteúdo mais pirateado do ano. No primeiro trimestre de 2024, o número de acessos ilegais a mangás foi de 16,5 bilhões, mas esse número saltou para 25,7 bilhões no último trimestre, um crescimento de 50%.
Entre as séries mais pirateadas de 2024, os animes que lideraram foram:
- That Time I Got Reincarnated as a Slime – Temporada 3
- My Hero Academia – Temporada 7
- Mushoku Tensei: Jobless Reincarnation – Temporada 2
- Dandadan – Temporada 1
- Tsukimichi: Moonlight Fantasy – Temporada 2
- Solo Leveling – Temporada 1
- Tower of God – Temporada 2
- Blue Lock – Temporada 2
A alta pirataria de animes e mangás confirma o crescimento global do mercado, mas também evidencia desafios para a indústria.
Por que a pirataria de mangás continua aumentando?
Enquanto o anime tem se tornado mais acessível, com Crunchyroll, Netflix e Disney+ oferecendo cada vez mais títulos, o mesmo não aconteceu com os mangás. Muitos títulos populares, como Hajime no Ippo, Basara, Touch e Captain Tsubasa, ainda não possuem lançamentos oficiais em portugês, forçando fãs a recorrerem a alternativas ilegais.
Além disso, mesmo títulos que possuem tradução oficial enfrentam problemas como:
- Lançamentos atrasados: muitos capítulos saem com semanas de diferença entre o Japão e o resto do mundo.
- Volumes físicos caros: a publicação de volumes encadernados chega com meses de atraso e preços elevados, tornando-os inacessíveis para muitos leitores.
Mesmo com o anúncio de Kingdom e JoJo’s Bizarre Adventure: Steel Ball Run finalmente recebendo versões em inglês pela Viz Media, ainda há uma grande lacuna no mercado brasileiro.
A repressão à pirataria está aumentando
O governo japonês tem reforçado as ações contra a pirataria de animes e mangás, intensificando o combate a leakers internacionais. No entanto, especialistas afirmam que apenas repressão não resolve o problema, e que a solução está em tornar os conteúdos mais acessíveis e acessíveis para o público global.
Enquanto o interesse por animes e mangás segue em alta, a pirataria continua sendo um problema crescente. O desafio para a indústria agora é equilibrar a repressão com mais acessibilidade, garantindo que os fãs tenham maneiras legítimas de consumir seus conteúdos favoritos sem barreiras.
Fonte: Variety.
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