O primeiro Anônimo já tinha surpreendido geral com Bob Odenkirk virando casca-grossa do nada. Agora, a sequência chega tentando expandir a história do tiozão que mete porrada em todo mundo. Mas será que valeu a pena espremer mais essa laranja?
Mais pancadaria e mais exagero
Se no primeiro filme o fator surpresa era ver um “pai de família fracassado” se revelando um monstro nas lutas, em Anônimo 2 isso já não existe. A gente já conhece o Hutch. Então o que o filme faz? Joga mais pancadaria ainda na tela.
As lutas são mais violentas, acrobáticas e absurdas, com inspiração clara em filmes de ação indonésios. Câmera colada nos golpes, ritmo dinâmico, coreografias insanas. Tem hora que você ri alto porque é tão criativo quanto ridículo.
O ponto negativo é o argumento: começa com uma viagem de férias em família que vira caos por causa de traficantes. É simples, até genérico, mas funciona. Afinal, quem vai pra Anônimo 2 não quer drama profundo, quer ver soco, chute giratório e bandido ralando a cara no chão.
Mudança de tom e vibe mais leve
O visual também mudou. Sai aquele clima escuro e sério do primeiro filme, entra uma paleta colorida e até meio cômica. Parece que o filme não se leva tão a sério, misturando violência brutal com momentos bobos que divertem.
Outra diferença é a participação maior da família de Hutch. Eles não são só o “motivo” da treta, agora estão envolvidos de verdade na ação, o que dá um tempero novo.
No geral, a sensação é de estar vendo um filme B de ação dos anos 80: exagerado, violento, divertido, sem compromisso nenhum com realismo.
Valeu a pena?
Eu não precisava de uma continuação de Anônimo, mas já que veio… funcionou. É um filme de 1h30 que diverte, mistura violência absurda com humor, e entrega o que promete: ação sem frescura.
Não é obra-prima de roteiro, mas é entretenimento puro. Eu saí do cinema com um sorriso no rosto e a certeza de que o Hutch continua sendo um personagem que vale muito a pena.
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