Tudo que o Bob Odenkirk faz é bom? Depende. O primeiro Anônimo pegou todo mundo de surpresa: aquele tiozão de aparência fracassada que, do nada, vira uma máquina de pancadaria foi uma das maiores surpresas dos últimos anos nos filmes de ação. A cena do ônibus, por exemplo, já virou clássica. Mas aí Hollywood decidiu transformar isso em franquia, e cá estamos com Anônimo 2.
A pergunta que não quer calar: precisava?
Do John Wick do subúrbio para o parque aquático
O charme do primeiro filme estava na simplicidade. Hutch era um sujeito comum, com um passado sombrio, e quando cutucam esse passado, ele explode. Funcionou bem demais. Já no segundo, a trama começa com uma viagem de férias da família que dá errado, e pronto, lá vem o caos. A ideia é bem arroz com feijão, mas temperada com o que a gente realmente quer ver: pancadaria criativa e brutalidade estilizada.
Mais colorido, mais exagerado, mais absurdo
Enquanto o primeiro tinha aquele tom sombrio, próximo de John Wick, aqui tudo é mais claro, colorido e até divertido. O novo diretor apostou em uma vibe diferente, misturando violência grotesca com humor absurdo. O resultado? Brigas que parecem coreografias de dança, câmera colada nos movimentos e criatividade no uso dos cenários.
É o tipo de filme em que você ri alto no meio da porradaria justamente porque é ridículo de tão criativo — e isso funciona.
Família no jogo e vilões caricatos
Diferente do primeiro filme, a família de Hutch não é só o motivo dele surtar: agora eles participam mais da ação. Já os vilões são bem caricatos, quase cartunescos, mas dentro da proposta de exagero, não incomodam tanto.
Valeu a pena?
No fim das contas, Anônimo 2 não reinventa nada, mas entrega aquilo que promete: violência, humor e exagero na medida certa. É como um bom filme B dos anos 80, sem compromisso com realismo, mas cheio de estilo e energia.
Eu não precisava dessa continuação, mas já que veio… me diverti pra caramba. Saí do cinema com a sensação de “que doideira boa”.
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