Antony Starr tem o hábito de chamar Capitão Pátria, o Super assassino que ele trouxe à vida descontrolada em quatro temporadas de The Boys, de “Homie”. O texto é uma tradução de uma entrevista do ator à revista Vulture.
É um apelido que Starr usa com afeto ao falar do personagem, que ascende à presidência dos EUA após um golpe bem-sucedido no final da temporada.
Isso contrasta com o sentimento que The Boys quer que tenhamos sobre Capitão Pátria, que o showrunner Eric Kripke compara ao ex-presidente Donald Trump.
Nas temporadas anteriores, vimos Capitão Pátria colaborar com uma nazista e deixar um avião cheio de pessoas cair. Nesta temporada, ele queima o pênis de um de seus atormentadores de infância e incentiva os Supers a espancar um homem até a morte como “deuses vingativos”.
Starr reconhece as semelhanças com o 45º presidente dos EUA, mas não se responsabiliza por elas. “Sou apenas um dos atores. Não tenho participação na escrita”, diz Starr, que aparece para a entrevista vestindo uma camiseta do Rage Against the Machine e óculos pretos grossos.
“Tenho opiniões políticas? Claro que sim. Mas não é meu trabalho expressá-las como ator na série. Estou lá para servir ao personagem e tentar ser o mais honesto possível”.
Starr insistiu que o foco expandido nesta temporada no terrível passado de Capitão Pátria no laboratório da Vought não é para gerar simpatia pelo Supe.
“Estamos tentando captar a inevitabilidade de se você danificar alguém tanto quando jovem”, explicou Starr. “Capitão Pátria foi criado para ser um produto patrocinado pela Vought, mas o homem dentro disso é apenas uma máscara enrolada de insegurança”.
Eric Kripke sempre viu o personagem como algo que imita Trump e Starr concorda com isso, mas ele queria fazer de Capitão Pátria um personagem o mais tridimensional possível, sem deixar de lado o fato de que ele é o vilão da série.
“O estranho tem sido como algumas pessoas o idolatraram e o viram como um tipo de líder para sua própria causa no mundo real, o que é um pouco perturbador. Mas acho que perceberam nesta temporada que ele não é”.
Impacto político de The Boys
Muito do comentário político da série está centrado em Capitão Pátria e alguns espectadores não gostaram disso nesta temporada. Starr comentou que não carrega isso consigo, pois não escreve os roteiros.
Ele citou Michael Jordan: “Republicanos também compram tênis”.
Para Starr, é importante não alienar ninguém. “Acredito que seria realmente maravilhoso se todos pudessem dar uma pausa, parar de tentar falar uns com os outros, e realmente olhar para o porquê das pessoas pensarem como pensam”.
Capitão Pátria frequentemente é pareado com personagens femininas: Madelyn Stillwell, Rainha Maeve, Espoleta e Mana Sábia.
Starr explicou que isso se deve à complexa relação de Capitão Pátria com as mulheres, que ele anseia pelo lado nutridor, mas seu ego exige controle. “Ele realmente anseia pelo lado nutridor das mulheres, mas seu ego exige que ele esteja no controle”.
Capitão Pátria é conhecido por seu sorriso falso em selfies e risadas maníacas. Starr explicou que muitas dessas expressões são espontâneas e dependem da cena. Ele mencionou que as cenas são difíceis de fazer, especialmente aquelas que exigem risadas maníacas genuínas.
“Muitas emoções, realmente ressentimento amargo e tristeza lacrimosa, surgem também”.
Starr também destacou a complexidade das cenas em que Capitão Pátria fala com diferentes versões de si mesmo no espelho. “Físico e logisticamente, tínhamos tão pouco tempo para filmar isso. Foi realmente encaixado no final de um dia’.
Em última análise, Starr e Kripke conseguiram criar um vilão complexo e tridimensional em Capitão Pátria, que continua a ser uma das figuras mais fascinantes e controversas de The Boys.
Fonte: Vulture
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