E como não poderia deixar de ser, 2025 também teve suas tretas na cultura pop, com muita polêmica, desentendimentos, “bolas fora” e até crimes envolvendo gente famosa. Nem a Disney ficou de fora!
Casos que se iniciaram em 2024 também tiveram novos desdobramentos no ano que está se encerrando e entre tudo o que rolou, separamos os cinco mais importantes. São os seguintes:
Aposentadoria de Masahiro Nakai
O ex-integrante do lendário grupo japonês SMAP, e apresentador veterano da televisão japonesa, Masahiro Nakai, enfrentou em 2025 um dos maiores escândalos do entretenimento do país após reportagens sobre acusações de abuso sexual em um evento privado que teria ocorrido em 2023. As investigações e matérias sobre o caso levaram à demissão de executivos da emissora envolvida, ao cancelamento de contratos publicitários e à abertura de apurações internas por parte da própria Fuji TV.
Em janeiro de 2025, Nakai anunciou aposentadoria do meio artístico em meio à crise.
Por que a treta foi grande: além do peso simbólico de se tratar de uma figura com décadas de visibilidade, o caso levantou questões sobre cultura institucional que protege estrelas, a relação entre meios de comunicação e poder e o tratamento das vítimas em ambientes corporativos do entretenimento japonês. Investigações independentes também apontaram indícios de que houve tentativas de encobrir denúncias por funcionários da emissora, o que ampliou a repercussão.
Matt Rife e a E.l.f. Cosmetics
O comediante Matt Rife voltou ao centro das atenções em 2025 após estrelar uma campanha publicitária da marca E.l.f. Cosmetics que acabou gerando forte reação negativa. Trechos do histórico de Rife — incluindo piadas polêmicas em especiais anteriores — foram trazidos à tona nas redes, e parte do público criticou a escolha da marca para representar sua campanha.
Como resposta à repercussão, a E.l.f. emitiu pedido de desculpas e encerrou a campanha.
A marca declarou:
“Há uma grande distância entre nossa intenção e a forma como isso não acertou para algumas pessoas.”
A controvérsia alimentou discussões sobre responsabilidade de marcas ao contratar artistas com passados controversos e sobre os limites do humor em campanhas de grande alcance.
Geração de voz por IA
Em 2025, o uso de IA para clonar vozes virou pauta central da indústria musical. O ano trouxe casos que expuseram como ferramentas generativas podem imitar timbres de cantoras reais — e forçar serviços de streaming e gravadoras a tomar decisões rápidas sobre retirada de conteúdo e políticas de uso. Um caso com repercussão mostrou uma faixa viral, intitulada “I Run”, foi removida de plataformas por suspeita de clonar a voz da cantora Jorja Smith. Esses episódios provaram que a tecnologia já está madura o bastante para criar vocais convincentes, mas que a regulamentação e as práticas de autorização ainda ficaram atrás.
Celebridades e representantes (incluindo vozes públicas como a de artistas que já se manifestaram contra deepfakes) passaram a exigir transparência, licenciamento e ferramentas de verificação. Plataformas e selos começaram a negociar acordos; ao mesmo tempo, casos amadores e comerciais continuaram a vazar, alimentando debates sobre direitos de imagem vocal e compensação para intérpretes.
O fracasso de Branca de Neve
A versão live-action de Branca de Neve (dirigida por Marc Webb), estrelada por Rachel Zegler e com Gal Gadot no elenco, seguiu em 2025 no centro de polêmicas iniciadas em anos anteriores. Em 2024–25, a produção acumulou críticas por vários motivos: escolhas de elenco e reimaginação da história (que geraram acusações de “revisionismo” por parte de opositores), reclamações sobre a representação dos anões, e uma escalada de tensão política após posicionamentos públicos de membros do elenco relacionados ao conflito Israel–Palestina — situação que, segundo Gal Gadot (que já fez parte do exército israelense), afetou parcialmente a recepção do filme nas bilheterias.
Gadot chegou a declarar: “[há] pressão sobre celebridades para se posicionarem contra Israel”.
A fala foi interpretada como parte da explicação dela para a performance do filme e para a hostilidade que parte do elenco recebeu, além de alimentar a polarização entre grupos pró e contra boicote ao país. O caso mostrou como grandes produções de estúdio podem ser afetadas tanto por debates culturais internos (sobre fidelidade e diversidade) quanto por fatores geopolíticos externos.
Caso P. Diddy – o desfecho
O magnata da música Sean “P. Diddy” Combs foi um dos protagonistas das maiores manchetes de 2025 após o desdobramento de investigações e um julgamento de grande repercussão. Em julho de 2025, Combs foi considerado culpado em dois crimes relacionados ao transporte para prostituição; em paralelo, enfrentava diversas ações civis que levantavam acusações adicionais de condutas sexuais abusivas.
O veredito e as investigações levaram a cancelamentos de contratos, retração de parceiros comerciais e cobertura intensa por parte da mídia.
Uma citação da defesa do rapper, registrada nos autos e na imprensa, diz que “ele mantém sua inocência”. O processo produziu documentários, extensa cobertura jornalística e debates sobre responsabilidade, poder e o tratamento de vítimas no ambiente das indústrias do entretenimento e da música.






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