Por Cheyna Corrêa
Embora o Superman seja tradicionalmente o símbolo máximo de bondade, justiça e solidariedade, os roteiristas da DC Comics exploraram variantes perturbadoras dessa lenda. A seguir, confira as sete versões mais assustadoras do Homem de Aço – cada uma com sua própria aura sombria, desafiando a imagem pura que todos conhecemos.
1. O Primeiro Superman
Curiosamente, o termo Superman surgiu antes de sua consagração como herói. Em 1933, Jerry Siegel e Joe Shuster publicaram “O Reino do Superman” em um fanzine de ficção científica, apresentando um personagem maligno: um homem careca de inteligência excepcional que usava seus poderes para dominar o mundo. Essa versão, em que o potencial para o bem era distorcido pelo uso incorreto dos poderes, acabou servindo como base para a construção de figuras como o Lex Luthor.
2. Ultraman
A versão maligna mais conhecida é a do Ultraman, da Terra-3. Diferente do herói que nós conhecemos, esse Superman alterna sua existência como um ditador cruel, comandando o Sindicato do Crime. Em sua realidade, ele mantém um relacionamento oficial com a Superwoman e, secretamente, vive um caso com o Coruja – a contraparte maligna do Batman. Permanentemente insatisfeito e entediado, o Ultraman procura outras realidades para conquistar, destacando-se como um personagem tão corno quanto aterrorizante.

“Ultraman”: versão maligna do Superman da Terra-3 (Reprodução)
3. Lanterna Negro
O clássico Superman da Terra-2, que envelheceu, ganhou cabelos brancos e casou com Miriam Lane, encontrou um fim agridoce durante a Crise nas Infinitas Terras, sendo salvo da destruição para, anos depois, morrer nas mãos do Superboy Primordial. Mas a verdadeira vingança veio quando a DC Comics ressuscitou esse Superman como o Lanterna Negro. Por meio de um anel negro, defuntos são trazidos de volta como zumbis servos da morte, transformando o legado do herói em uma imagem macabra e perturbadora.
4. Last Sun
No sombrio Multiverso Sombrio, o destino do foguete de Kal-El toma um rumo trágico. Preso numa tempestade cósmica, o foguete não consegue captar a energia solar e, em vez disso, transforma o Kryptoniano em uma entidade de fome insaciável: Last Sun. Esse ser de pura energia, focado em consumir mais energia, capota a Liga da Justiça e representa uma afronta a tudo que o Superman simboliza. Ironias do destino, Last Sun é, por fim, derrotado por ninguém menos que Lex Luthor.
5. Superciborgue
Hank Henshaw, o homem por trás do Superciborgue, não é exatamente um Superman legítimo, mas sim um super-impostor reconstruído com tecnologia do futuro após a morte de Kal-El por Apocalipse. Com traços do DNA original, o Superciborgue surge com o único intuito de destruir tudo e sujar o nome do verdadeiro herói. Sua passagem pela Tropa Sinestro, quando ganhou um anel amarelo, evidencia um ódio insano e uma determinação de causar destruição em massa, tornando-o uma das versões mais perturbadoras.
6. Superboy Primordial
Na Era de Prata, o Superboy atingiu níveis de poder incomparáveis, mas sua trajetória trágica o transformou na versão mais maligna do Superman. Após desempenhar um papel crucial na derrota do Anti-Monitor durante a Crise nas Infinitas Terras, esse Superboy acabou perdendo tudo e se entregando à maldade, a ponto de matar o Superman da Terra-2. Armado com uma armadura solar baseada na tecnologia do próprio Anti-Monitor, ele quase provocou genocídios cósmicos, chegando a ser um psicopata completo antes de enfrentar o implacável Batman Que Ri.
7. Superman de Injustice
A mais terrível de todas é a versão do próprio Kal-El transformado pela dor. Após o Coringa provocar a morte de Lois Lane e do filho que ela esperava, o Superman torna-se um ditador desolado e revolucionário – não mais o paladino da esperança, mas um tirano governando a Terra com mão de ferro. Consumido pela dor, raiva e impotência, ele ataca vilões e oponentes, instaurando um regime de opressão mortal, deixando um rastro de destruição e transformando a face da justiça em algo distante daquilo que sempre defendeu.
Cada uma dessas iterações do coreto Superman desafia nosso entendimento do herói por excelência, questionando os limites entre o bem e o mal. Essas versões sombrias evidenciam a versatilidade da imaginação dos roteiristas e mantêm viva a discussão sobre o verdadeiro significado de poder, responsabilidade e humanidade no universo DC.
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