One Piece foi lançado em mangá em 1997 e se tornou um fenômeno. A história segue sendo publicada até hoje, quase 30 anos depois, e é uma das mais famosas do mundo. Mas não foi de primeira que o autor Eiichiro Oda alcançou o tão sonhado sucesso, assim como outros mangakás famosos.
Em entrevista recente a um veículo japonês, Oda relembrou as dificuldades do início dos anos 90. O autor já havia criado alguns one-shots – mangás de apenas um capítulo – mas a meta era ter uma série na aclamada revista Weekly Shonen Jump. A primeira tentativa veio em 1996, com uma história chamada Romance Dawn, nome que os fãs de One Piece certamente reconhecem.
Não deu certo: o mangá, que já trazia as premissas nas quais One Piece foi baseado, só teve seu primeiro capítulo publicado. Oda trabalhou em uma atualização da história e tentou de novo, e mais uma vez foi recusado pela Weekly Shonen Jump. Mas não era o fim!
Eiichiro Oda mais uma vez retrabalhou a história de Luffy e, em 1997, One Piece finalmente estreou na revista e o resto é história. O primeiro arco da saga dos Piratas do Chapéu de Palha é intitulado, não à toa, Romance Dawn, e desde então já se vão mais de mil capítulos e contando.
Mesmo assim, Eiichiro considerava One Piece um fracasso comercial, por não ter sido aprovado de primeira. Isso mostra o nível de comprometimento do artista com sua obra.
Insistência recompensada
A história de Oda definitivamente não é única entre os grandes mangakás. Nomes como Masashi Kishimoto, autor de Naruto, e Tite Kubo, criador de Bleach, passaram por situações similares e chegaram a precisar de incentivo de veteranos do meio para não desistirem de seu sonho.
Kishimoto fez diversas iterações de Naruto, cujo conceito já foi de uma história sobre esportes e sobre a máfia, antes de se tornar a saga de um ninja. Kubo teve o projeto inicial de Bleach rejeitado e outra de suas obras, intitulada Zombiepowder, chegou a ser cancelada no meio do desenvolvimento. O autor teve uma conversa com o já bem estabelecido Akira Toriyama, criador de Dragon Ball, que o incentivou a continuar tentando. Deu certo.
Seja o primeiro a comentar