Será que finalmente a gente tem um novo A Hora do Pesadelo? Galera, O Telefone Preto 2 ainda vai estrear, mas eu já assisti — e preciso dizer: esse filme vai dar o que falar! O primeiro já tinha deixado geral em choque, com o Sequestrador entrando pra lista dos vilões mais assustadores do cinema moderno. Mas será que essa sequência precisava mesmo existir? Ou é só mais um caça-níquel de terror?
Nos últimos anos, poucos filmes do gênero marcaram tanto quanto O Telefone Preto. Lançado em 2021, o longa virou febre e colocou Ethan Hawke no papel do temido Sequestrador — aquele cara mascarado que fez todo mundo dormir de luz acesa. Agora, com a continuação, o desafio era enorme: como manter o medo vivo sem cair na mesmice?
E olha… o diretor Scott Derrickson conseguiu entregar algo diferente. Telefone Preto 2 mergulha ainda mais no sobrenatural, misturando realidade, sonho e vingança espiritual. Dessa vez, Finney Shaw precisa lidar com o trauma do primeiro filme enquanto sua irmã, Gwen, começa a ter pesadelos com as vítimas do Sequestrador. Só que o terror volta de vez quando o próprio assassino — agora como um espírito vingativo — decide se vingar.
Ethan Hawke continua impecável no papel. Mesmo com menos tempo de tela, ele consegue assustar só com o olhar. A máscara icônica está de volta, mas agora com um ar mais demoníaco, como se o próprio inferno tivesse moldado ela. Já a Gwen (vivida por Madeleine McGraw) rouba a cena e assume o protagonismo de vez. A personagem cresce muito e se torna o coração da história — é ela quem enfrenta o medo de frente.
O filme também não economiza no gore. Se você curtiu o sangue e as cenas pesadas do primeiro, pode preparar o estômago, porque aqui o nível sobe. A fotografia, com um toque de filme queimado nas cenas de sonho, cria uma atmosfera incrível — é o tipo de terror que te deixa tenso mesmo quando nada está acontecendo.
Mas nem tudo é perfeito. Na segunda metade, o Sequestrador perde um pouco do impacto. Ele começa como um vilão assustador, quase um novo Freddy Krueger, mas o excesso de exposição tira um pouco do mistério. O clímax também pega um caminho meio confuso, quase “Inception”, e perde parte da força do começo.
Mesmo assim, Telefone Preto 2 é uma continuação digna. Ele respeita o original, responde questões que ficaram abertas e entrega sustos genuínos. É difícil dizer se é o melhor terror do ano — mas, em termos de atmosfera e tensão, tá fácil entre os grandes de 2025.
Se o primeiro te fez segurar o telefone com medo, esse aqui vai te fazer pensar duas vezes antes de atender qualquer ligação no escuro.
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