A série japonesa “Até o Último Samurai” se tornou um dos lançamentos mais comentados da Netflix, chamando atenção pelo equilíbrio entre drama histórico, competição de sobrevivência e cenas de ação extremamente elaboradas.
O ator, produtor e coreógrafo de ação Junichi Okada descreve a produção como “uma mistura de ‘Round 6′ e ‘Xógum’”, destacando a combinação de violência estilizada, tradição japonesa e narrativa de alto impacto.
Do romance ao live-action de impacto global
A produção adapta o romance histórico “Ikusagami”, lançado em 2022, que também originou um mangá de grande sucesso.
A história se passa em 1878, período pós-feudal do Japão, quando os últimos samurais são vistos como figuras ultrapassadas e têm suas espadas proibidas por lei.
Nesse contexto, 292 guerreiros são atraídos para um torneio misterioso, com a promessa de um prêmio de 100 mil ienes. Para conquistá-lo, eles precisam lutar entre si e correr até Tóquio.
Okada interpreta Shujiro Saga, um samurai habilidoso que entra na competição para tentar salvar sua esposa e seu filho, ambos gravemente doentes.
Ação com dezenas de estilos de luta e cenas sem dublês
Como coreógrafo de ação, Okada afirmou que cada personagem recebeu um estilo de luta exclusivo, criando dezenas de conceitos diferentes ao longo dos episódios.
Ele citou a personagem Iroha como exemplo, explicando que sua coreografia incorpora movimentos de “isca e intenção real”, explorando contraste entre fragilidade e estratégia.
Em algumas sequências, Okada chegou a criar mais de 100 conceitos de combate, além de gravar cenas em plano-sequência sem dublês. Sobre isso, ele explicou:
Eu consigo realizar essas cenas sozinho. Não preciso de dublê para esconder meu rosto
Produção gigante mobilizou até costureiras do país
A dimensão do projeto impressiona. Segundo Okada, a série envolveu entre 2 mil e 3 mil profissionais, com duas unidades de filmagem atuando simultaneamente.
Ele revelou que praticamente todas as costureiras do Japão foram mobilizadas para produzir trajes de época com autenticidade.
Mesmo sendo ficção, a equipe se esforçou para manter a obra distante da fantasia:
“Queríamos celebrar a cultura japonesa sem torná-la fantasiosa, mesmo sendo ficção.”
Segunda temporada pode trazer elementos sobrenaturais
Enquanto o mangá e o romance incluem habilidades sobre-humanas, a primeira temporada evitou esse caminho.
Porém, Okada admitiu que isso pode mudar caso a série seja renovada:
“Se houver uma segunda temporada, talvez possamos incorporar esses poderes.”
Com avaliação máxima da crítica e elogios até de Hideo Kojima, “Até o Último Samurai” desponta como uma das maiores apostas asiáticas da Netflix para os próximos meses.
Confira o trailer de “Até o Último Samurai” abaixo:




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