Avatar: Fogo e Cinzas revela o personagem mais importante da franquia

Vinicius Miranda

A expansão narrativa da franquia Avatar alcança novo marco em ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, terceiro capítulo da série criada por James Cameron. Lançado após mais de uma década desde o primeiro filme, o longa traz uma revelação aguardada desde 2009: a aparição de Eywa, entidade espiritual central da cultura Na’vi. A presença da divindade responde a uma das maiores questões deixadas ao longo da franquia e marca um ponto decisivo para o universo fictício de Pandora. O texto a seguir contém informações reveladas no filme.

Desde o início da saga, ‘Avatar’ apresentou Pandora como um ecossistema interconectado e guiado por uma força espiritual. O conceito foi aprofundado nas sequências, que mostraram diferentes culturas Na’vi, fauna variada e novas áreas do planeta. Apesar disso, a personagem divina permaneceu envolta em mistério por mais de dezesseis anos. Em ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, o enigma ganha forma.

O longa retoma tramas estabelecidas anteriormente, explorando elementos dispersos pelos filmes anteriores. Entre eles, está a relação entre Eywa e os Na’vi. O filme revela que a divindade exerce influência direta em momentos decisivos, além de desempenhar papel central na preservação do equilíbrio natural de Pandora.

A trajetória até esse encontro começa no primeiro longa, quando a crença em Eywa é tratada com descrença pelos humanos. Mesmo assim, sinais de sua presença aparecem em pontos específicos da história. Um exemplo ocorre quando Neytiri desiste de atacar Jake Sully após um espírito da floresta pousar em sua flecha, interpretado como manifestação da vontade de Eywa. A cena marca o início da relação entre os personagens e abre portas para a construção futura da mitologia.

Avatar – Divulgação / 20th Century Studios

Mais tarde, a crença atinge clímax quando o comando militar da RDA enfrenta os Na’vi. Na batalha final, a fauna e a floresta se unem para repelir os invasores, culminando na frase: “Eywa ouviu vocês!”. A cena reforça a ligação da divindade com os habitantes de Pandora.

A sequência ‘Avatar: O Caminho da Água’ introduz Kiri, filha adotiva de Jake e Neytiri, nascida a partir do corpo Avatar da Dra. Grace Augustine. A origem da gravidez permanece sem explicação. A personagem demonstra ligação incomum com Eywa, afirmando sentir sua presença e exibindo habilidades não observadas em outros Na’vi, como controlar cardumes e interagir com formas de vida aquática.

Essa conexão evolui em ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, quando Kiri busca contato direto com Eywa, mesmo sob risco físico. Na parte final, ela se conecta à Árvore-Espírito submersa e tenta mais uma vez alcançar Eywa, auxiliada por seu irmão adotivo Spider. Juntos, eles atravessam a floresta imaterial que ocultava a entidade.

Ao alcançar a presença da divindade, o filme mostra Eywa pela primeira vez. A figura tem forma semelhante à dos Na’vi, com feições e cabelos característicos, porém exibe pele branca luminosa e porte mais elevado do que Kiri e Spider. A aparição confirma a existência da divindade e encerra a dúvida sobre sua natureza. Assim, Eywa deixa de ser apenas conceito espiritual e se estabelece fisicamente na narrativa.

A revelação da divindade consolida um dos pilares temáticos da franquia: a relação entre vida, natureza e conexão espiritual em Pandora. Ao materializar Eywa, ‘Avatar: Fogo e Cinzas’ responde a um questionamento presente desde o início da saga e inaugura novos caminhos para o desenvolvimento do universo na continuação planejada.

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