A franquia Avatar retorna aos cinemas com ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, terceiro capítulo da saga idealizada e dirigida por James Cameron. O novo filme chega ao Brasil na quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, aprofundando o olhar sobre os conflitos emocionais, sociais e ambientais que cercam o planeta Pandora e seus habitantes, os Na’vi. Desta vez, a narrativa amplia o debate iniciado nos longas anteriores, conectando mitologia, progresso humano e destruição ambiental em uma trama mais sombria.
Desde o primeiro ‘Avatar’, lançado em 2009, Cameron utiliza Pandora como uma grande alegoria. Se no início os Na’vi representavam povos indígenas ameaçados pela exploração predatória, em ‘Avatar: O Caminho da Água’, de 2022, o foco se voltou para a preservação dos oceanos. Em ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, o cineasta desloca o centro da história para os fatores que corroem relações internas e alimentam ciclos de ódio, tanto entre humanos quanto entre os próprios Na’vi.
O novo filme acompanha as consequências emocionais enfrentadas por Neytiri, interpretada por Zoe Saldana, após a perda de um filho. O trauma aprofunda sua aversão aos humanos e tensiona ainda mais a convivência entre os povos. Ao mesmo tempo, surge uma nova ameaça interna: a vilã Varang, vivida por Oona Chaplin, que desafia a liderança de Neytiri e Jake Sully, papel de Sam Worthington, em busca de poder e reconhecimento dentro da sociedade Na’vi.
Segundo James Cameron, o longa reflete um aspecto central da condição humana. Para o diretor, a empatia é um dos maiores trunfos da humanidade, mas também pode ser distorcida quando grupos se sentem ameaçados. Em ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, esse conflito se materializa em disputas internas que levam à autodestruição, arrastando consigo a natureza e outras formas de vida em Pandora.
Mesmo com a carga temática mais densa, o cineasta mantém sua marca registrada: narrativas acessíveis combinadas a superproduções de alto nível técnico. Cameron reforça que a franquia segue baseada na captura de movimento de atores reais, sem o uso de inteligência artificial generativa para criar personagens. Para ele, a tecnologia deve auxiliar o fluxo de trabalho, mas não substituir o processo criativo humano.
A relação de Cameron com Avatar é antiga. O primeiro rascunho do universo surgiu ainda em 1995, quando a tecnologia disponível não permitia levar Pandora às telas da forma imaginada. Após o sucesso de ‘Titanic’, o diretor conquistou o respaldo financeiro e técnico necessário para viabilizar a franquia. Desde então, dedica quase duas décadas ao desenvolvimento desse universo, que se tornou um dos mais lucrativos da história do cinema.
Os dois primeiros filmes de Avatar somam 5,2 bilhões de dólares em bilheteria mundial, colocando a franquia em posição inédita no ranking dos filmes mais rentáveis. ‘Avatar’ ocupa o primeiro lugar, enquanto ‘Avatar: O Caminho da Água’ aparece entre os três maiores sucessos de todos os tempos. Com ‘Avatar: Fogo e Cinzas’, a expectativa é manter o apelo visual e narrativo que transformou a saga em referência de cinema imersivo.
Cameron já indicou que, após este capítulo, pode começar a transferir o controle criativo do universo Avatar para outros profissionais. Ainda assim, o diretor reforça que o futuro da franquia depende da recepção do novo filme. Independentemente do desempenho, ‘Avatar: Fogo e Cinzas’ marca mais um passo decisivo na consolidação de Pandora como um dos universos mais ambiciosos do cinema contemporâneo.





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