‘Avatar: Fogo e Cinzas’ marca nova fase de James Cameron, que defende franquia como “estratégia para reconectar com a natureza”

Andre Cananea

‘Avatar: Fogo e Cinzas’ marca nova fase de James Cameron, que defende franquia como “estratégia para reconectar com a natureza”

Em entrevista recente à revista Rolling Stone, o diretor James Cameron afirmou que entregou sua carreira cinematográfica à franquia Avatar com o propósito de causar impacto positivo no mundo — e não apenas por sua bilionária performance nas bilheteiras. O primeiro filme, lançado em 2009, segue como a maior bilheteria da história do cinema, com US$ 2,9 bilhões (sem a devida correção da inflação). Já a sequência, Avatar: O Caminho da Água (2022), ocupa a 3ª colocação, com US$ 2,3 bilhões.

De acordo com o diretor,

Justifico para mim mesmo fazer os filmes de Avatar nos últimos 20 anos não com base em quanto dinheiro ganhamos, mas na ideia de que eles podem fazer algum bem. Podem nos conectar. Podem nos reconectar com aquele aspecto perdido de nós mesmos que se liga à natureza e a respeita.

James Cameron ainda destacou que os filmes não são soluções mágicas para os problemas da humanidade, mas acredita que o impacto emocional da franquia vai além do puro entretenimento: “Não acho que os filmes sejam a resposta para os nossos problemas humanos. Mas acho que Avatar é uma estratégia de cavalo de Troia: você entra buscando entretenimento, mas o filme trabalha no seu cérebro e no seu coração.”

Apesar de já estar desenvolvendo novos projetos fora do universo de Pandora — como os longas The Devils e Ghosts of Hiroshima —, Cameron garantiu que permanece totalmente dedicado à franquia no momento. O cineasta está em fase de pós-produção de Avatar: Fogo e Cinzas, terceiro filme da saga, com estreia marcada para 19 de dezembro. Ele também revelou que está se preparando para dirigir Avatar 4 e Avatar 5 pessoalmente.

Prestes a completar 71 anos de idade, ele afirmou:

Não há motivo para não continuar. Estou saudável, pronto para encarar o desafio. Tenho que fazer isso com vigor, com energia, pelos próximos seis ou sete anos. Se eu conseguir, vou em frente.

O último projeto fora do universo Avatar dirigido por Cameron foi Titanic, em 1997. Desde então, sua dedicação exclusiva a Pandora tem dividido opiniões entre os fãs, especialmente aqueles que valorizam sua filmografia prévia. Mesmo assim, Cameron já afirmou que se sente criativamente realizado dentro do universo da franquia.

Sobre isso, ele afirmou à  revista Empire:

Avatar é tão amplo que consigo contar a maioria das histórias que quero dentro dele e experimentar os estilos que desejo explorar. As pessoas sempre perguntam: ‘Por que você continua trabalhando na mesma coisa?’ Por que George Lucas continuou em Star Wars? Por que Gene Roddenberry seguiu com Star Trek? Quando você se conecta com o público, por que desperdiçar isso começando algo novo do zero?

Avatar: Fogo e Cinzas estreia nos cinemas brasileiros em 19 de dezembro.

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