‘Bebê Rena de MG’ acreditava que tinha um relacionamento com médico perseguido

José Elias Mendes

‘Bebê Rena de MG’ acreditava que tinha um relacionamento com médico perseguido

No desdobramento de um caso que chocou Minas Gerais e o Brasil, Kawara Welch, de 23 anos, foi detida sob acusações de stalking, após perseguir incansavelmente um médico da cidade de Ituiutaba. O caso chama a atenção pela coincidência com o sucesso recente da série Bebê Rena.

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A artista plástica, que estava foragida desde março do ano passado, foi finalmente encontrada e presa no último dia 8, em uma universidade na cidade de Uberlândia.

O que torna este caso ainda mais intrigante são os detalhes revelados pelo delegado Rafael de Freitas Faria, responsável pela investigação.

Segundo ele, Welch acreditava piamente estar em um relacionamento amoroso com o médico alvo de sua obsessão.

Ela tinha ilusões de que esse relacionamento realmente existia entre eles“, explica o delegado. Ele acrescenta que a jovem chegava ao ponto de frequentar os mesmos locais que o médico, incluindo seu trabalho, residência, hospitais e clínicas.

A defesa de Kawara argumenta veementemente que os dois mantinham um relacionamento genuíno.

No entanto, o médico nega categoricamente essa afirmação, tendo registrado nada menos que 42 boletins de ocorrência contra ela. “Não há nenhum indício da existência de um relacionamento entre eles“, destaca o delegado Faria.

Os detalhes sórdidos das perseguições relatadas pelo médico pintam um quadro sombrio das ações de Welch. Ela teria enviado mais de 1.300 mensagens e realizado 500 ligações para ele e sua família.

Além disso, a jovem teria enviado fotos perturbadoras, incluindo algumas com lençóis e cordas amarradas no pescoço e outras com um tom de despedida.

O crime de stalking ganhou relevância em 2021, quando foi oficialmente incluído no Código Penal.

Caracteriza-se pela perseguição persistente a uma pessoa, seja física ou virtualmente, ameaçando sua integridade física ou psicológica, restringindo sua liberdade ou privacidade. A pena para esse tipo de crime varia de seis meses a dois anos, além de multa.

Leia mais sobre a história:

Bebê Rena brasileira: stalker chegou a fazer 500 ligações em um dia para médico

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