Os Fantasmas Ainda Se Divertem: vale a pena assistir à continuação do clássico dos anos 80?

Melo

Os Fantasmas Ainda Se Divertem: vale a pena assistir à continuação do clássico dos anos 80?

A aguardada sequência de Os Fantasmas Se Divertem chegou aos cinemas, prometendo um mergulho nostálgico e divertido no universo criado por Tim Burton nos anos 80, com Beetlejuice 2: Os Fantasmas Ainda Se Divertem.

Os Fantasmas Ainda Se Divertem traz de volta não apenas os personagens icônicos, mas também a assinatura visual e o humor peculiar que transformaram o primeiro filme em um clássico instantâneo.

No enredo, Lydia Deetz, agora interpretada por uma Winona Ryder mais madura, lida com os fantasmas do passado enquanto tenta manter uma relação difícil com sua filha, vivida pela nova queridinha do cinema gótico, Jenna Ortega.

A trama se desenvolve quando a família retorna à sinistra casa de Winter River, sendo novamente confrontada com as ameaças do além. O encontro entre as gerações góticas de Ryder e Ortega funciona muito bem em cena, criando uma dinâmica que é, ao mesmo tempo, nostálgica e fresca.

Visualmente, o filme não decepciona. O estilo gótico e macabro de Tim Burton permeia cada aspecto da produção, desde os cenários até o figurino, reforçando a atmosfera sombria que os fãs esperavam.

O design de produção é um espetáculo à parte, com criaturas do pós-vida que são ainda mais bizarras e fascinantes do que as vistas no filme original. A estética é um deleite para os olhos, mesclando efeitos práticos com CGI de maneira que, mesmo quando tosco, parece proposital.

Michael Keaton retorna ao papel de Beetlejuice com a energia caótica e sem filtro que tornou o personagem tão inesquecível.

Sua performance é um dos pontos altos do filme, trazendo de volta o espírito irreverente e perturbador do fantasma, sem tentar humanizá-lo ou suavizar suas características.

Beetlejuice continua sendo o mesmo maníaco pirado e engraçado que conquistou o público há mais de três décadas, e isso é parte do charme que mantém a sequência fiel ao original.

Apesar dos acertos, o filme não é perfeito. Algumas partes se arrastam e a tentativa de introduzir vários núcleos de personagens acaba comprometendo o ritmo da narrativa, levando a resoluções apressadas.

Além disso, algumas piadas podem não agradar a todos, mas o humor mórbido e absurdo característico de Burton está presente em abundância, garantindo boas risadas.

No geral, Os Fantasmas Ainda Se Divertem não tenta reinventar a roda, mas sim prestar uma homenagem ao que já foi feito antes.

O filme entrega exatamente o que promete: uma experiência divertida, repleta de nostalgia e bizarrice, capturando a essência do original sem comprometê-la.

Para os fãs do primeiro filme, a sequência oferece um retorno bem-vindo ao universo excêntrico de Tim Burton, provando que, às vezes, revisitar o passado pode ser tão satisfatório quanto uma novidade.

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