Nesta segunda-feira, 15 de setembro, o Brasil vai conhecer o longa-metragem escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para disputar uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026.
A expectativa é maior que em anos anteriores porque o país vive um momento histórico após a vitória inédita de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que conquistou a estatueta neste ano.
Política em pauta
Entre os seis títulos finalistas, dois se destacam pelo viés político, abordando repressão e resistência.
- O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, foi aclamado no Festival de Cannes 2025, onde recebeu os prêmios de Melhor Filme da Crítica e Melhor Ator para Wagner Moura. Ambientado em 1977, em plena ditadura militar, acompanha Marcelo, professor que tenta recomeçar a vida em Recife, mas acaba envolvido em um jogo de espionagem e paranoia.
‘O Agente Secreto’
- O Último Azul, vencedor do Prêmio da Crítica em Berlim 2025, constrói uma alegoria distópica sobre regimes autoritários. A trama mostra idosos condenados ao isolamento, em um ambiente que expõe opressão e resistência.
‘O Último Azul’
Cinema social em destaque
Histórias de denúncia social também estão na corrida.
- Manas tem ganhado fôlego nos últimos dias. Após adesão do ator premiado com dois Oscars, Sean Penn, ao filme, houve um movimento para que o filme de Mariana Brennand seja o escolhido do Brasil. Inspirado nos casos de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó (PA), o filme foi premiado em Cannes. a história acompanha Tielle (Jamilli Corrêa), menina de 13 anos que vive em condições de pobreza e vulnerabilidade.
‘Manas’
- Kasa Branca, de Luciano Vidigal, retrata a realidade da Chatuba, em Mesquita (RJ). O longa acompanha os adolescentes Dé, Adrianim e Martins, além da relação afetiva de Dé com sua avó Dona Almerinda (Teca Pereira), que enfrenta o Alzheimer.
‘Kasa Branca’
Retratos urbanos e sertanejos
- Com foco em juventude e crítica social, Baby, de Marcelo Caetano, se passa em São Paulo e rendeu a Ricardo Teodoro o prêmio de Melhor Ator em 2024.

‘Baby’
- Fechando a lista está Oeste Outra Vez, de Érico Rassi, um faroeste sertanejo ambientado no interior de Goiás. A narrativa traz rivalidades violentas e personagens rudes, mas também frágeis, em uma releitura brasileira do gênero.

‘Oeste Outra Vez’
Com informações da Agência Brasil.
Seja o primeiro a comentar