O cinema mundial perdeu neste domingo (28) uma de suas figuras mais emblemáticas. A atriz, cantora e ativista francesa Brigitte Bardot faleceu aos 91 anos em sua casa no sul da França.
A informação foi confirmada por Bruno Jacquelin, porta-voz da Fundação Brigitte Bardot (instituição dedicada à proteção dos animais criada por ela).
A causa da morte não foi divulgada, mas a atriz havia sido hospitalizada no mês passado.
A Mulher que Mudou o Cinema
Bardot não foi apenas uma atriz; ela foi um fenômeno cultural. Nos anos 1950 e 1960, ela redefiniu o conceito de sensualidade nas telas.
Enquanto Hollywood venerava figuras mais maduras como Marilyn Monroe, Bardot explodiu em cena com uma energia jovem, rebelde e desinibida.
Seu grande salto para o estrelato veio com o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), dirigido por seu primeiro marido, Roger Vadim.
A produção foi um escândalo e um sucesso estrondoso, solidificando Bardot como um “sex symbol” internacional e ajudando a quebrar barreiras de censura nos Estados Unidos e na Europa.
Ela tentou migrar para papéis mais sérios e dramáticos, trabalhando com lendas da Nouvelle Vague como Jean-Luc Godard no aclamado “O Desprezo” (1963), além de atuar em produções americanas e westerns, como Shalako, ao lado de Sean Connery.
Aposentadoria e Polêmicas
Diferente da maioria das estrelas, Bardot se aposentou cedo das telas, ainda no início dos anos 70, para se dedicar integralmente à causa animal.
Sua vida pós-fama, no entanto, foi marcada por contrastes. Ao mesmo tempo em que era celebrada por seu ativismo em prol dos direitos dos animais, Bardot se envolveu em diversas polêmicas políticas.
Casada desde 1993 com Bernard d’Ormale, um apoiador da extrema-direita francesa, a ex-atriz foi condenada e multada diversas vezes por tribunais franceses devido a comentários de incitação ao ódio racial e críticas pesadas à imigração e ao islamismo na França.
Brigitte Bardot deixa o marido, um filho (de seu casamento anterior com Jacques Charrier) e duas netas.
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