A franquia Call of Duty está prestes a entrar em uma nova fase com Black Ops 7, o próximo capítulo da série que chega no dia 14 de novembro de 2025. Antes do lançamento, a Activision e o estúdio responsável abriram o jogo — literalmente — explicando uma das maiores curiosidades da comunidade: por que o game não terá Wall Run, aquele movimento clássico de correr pelas paredes que marcou presença em títulos futuristas da franquia.
Durante uma entrevista recente, o diretor criativo associado Miles Leslie falou sobre as escolhas de design e o motivo pelo qual a equipe decidiu manter o gameplay mais “pé no chão” desta vez. E a explicação tem tudo a ver com coerência temporal e fidelidade ao universo Black Ops.
Uma volta ao passado tecnológico
De acordo com Leslie, o time de desenvolvimento queria retomar os fios narrativos deixados em Black Ops 2, o que inclui respeitar o nível tecnológico daquela época dentro da cronologia do jogo. Isso significa que o arsenal, os gadgets e até o estilo de movimentação foram limitados de propósito.
“Quando começamos a desenvolver Black Ops 7, queríamos pegar os fios soltos de Black Ops 2. Toda a tecnologia disponível no jogo vem daquela era”, explicou o diretor.
Ou seja: nada de propulsores futuristas ou implantes cibernéticos que permitiam correr pelas paredes. Segundo Leslie, o Thrust Jump, aquele impulso aéreo introduzido em Black Ops 3, só foi criado em 2035 dentro do universo da série — o que significa que ele simplesmente não existia na linha do tempo atual de Black Ops 7.
Wall Run fora, Wall Jump dentro
Mas isso não quer dizer que a movimentação ficou limitada. Muito pelo contrário. Leslie revelou que o jogo contará com um sistema de Wall Jump, permitindo ao jogador realizar até três pulos encadeados para alcançar posições elevadas. Essa mecânica traz verticalidade sem quebrar a imersão do combate.
Queríamos garantir que o combate permanecesse dentro do enquadramento, algo que aprendemos com tudo o que fizemos em Black Ops 3.
Em outras palavras, a equipe buscou o equilíbrio: mobilidade fluida, mas sem exagerar no futurismo. Assim, o game mantém o ritmo intenso da série, mas com um toque mais tático e realista.
Fidelidade à cronologia é prioridade
Um ponto interessante é o cuidado do estúdio em respeitar a linha do tempo interna da franquia Black Ops. Em vez de misturar tecnologias que ainda não existiam naquele contexto, a equipe optou por manter uma consistência histórica dentro do universo do jogo.
Essa escolha reforça o compromisso dos desenvolvedores com o enredo e a identidade da série. A ideia é fazer com que Black Ops 7 sirva como uma ponte direta com Black Ops 2, oferecendo aos fãs uma sensação de continuidade — algo que muitos jogadores pediam há anos.
Leslie reforçou que “a equipe é muito cuidadosa com o cânone”, e que cada decisão de design passou por esse filtro.
O equilíbrio entre nostalgia e inovação
Com Wall Jumps, combates mais dinâmicos e um sistema de movimentação ajustado, Black Ops 7 busca trazer o melhor dos dois mundos: a nostalgia dos clássicos e a fluidez moderna dos shooters atuais.
Esse retorno às origens não é um passo atrás — é uma reconstrução da essência que fez da sub-série Black Ops uma das mais amadas pelos fãs. E, pelo que foi mostrado até agora, o resultado promete uma experiência tática, intensa e cheia de personalidade.
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