É normal que em filmes do gênero de super-heróis ocorram algumas mudanças em relação aos quadrinhos de origem, pelos mais variados motivos. E Capitã Marvel, que estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (7), também não foge desta regra e conta com algumas modificações em relação às obras originais. Algumas são sutis, enquanto que outras são mais drásticas.
Com isso em mente, confira abaixo cinco coisas que o filme da Capitã Marvel mudou em relação aos quadrinhos.
5) O gênero de Mar-Vell
Sim, já sabíamos dessa informação há algum tempo após a atriz Annette Bening revelá-la em um programa de TV, mas vale ser citada. Nos quadrinhos, Mar-Vell era o Capitão Marvel original. Ele foi criado por Stan Lee e Gene Colan em 1967 e se tratava de um Kree que veio para a Terra para nos espionar, mas gostou tanto daqui que resolveu proteger nosso planeta.
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Já para o filme, Annette Bening revelou que ela seria tanto a Inteligência Suprema dos Kree quanto o próprio Mar-Vell. Ou seja, ele teve o gênero trocado para o longa. Vale notar que o nome terrestre da personagem, Wendy Lawson, é uma clara referência ao original, que na Terra, se chamava Walter Lawson.
4) A forma em que Carol Danvers ganhou seus poderes
Essa é uma mudança sutil em relação aos quadrinhos, mas é legal mencioná-la.
Nos quadrinhos, Carol Danvers ganhou seus poderes após ter seu DNA modificado ao se envolver na explosão de um dispositivo Kree quando se aproximou de Mar-Vell, que até tentou protegê-la, mas não conseguiu.
Sim, no filme, a heroína também conseguiu seus poderes com a explosão de um dispositivo Kree (que mais tarde, descobrimos ter como fonte de energia o Tesseract/Joia do Espaço), mas tudo se desenrolou de forma diferente: Carol se acidentou com Mar-Vell no teste da nave que usava essa tecnologia. A cientista pede para que a piloto destrua o motor, mas a Kree acaba morta por Yon-Rogg. Carol atende o pedido da amiga, destrói o objeto e ganha seus poderes, com o custo de que também teve suas memórias apagadas.
3) A personalidade dos Skrulls
Essa talvez foi a mudança mais impactante do filme da Capitã Marvel para os quadrinhos. Nos últimos meses, conforme abordado no Ei Nerd, apontamos os Skrulls como os grandes vilões do filme, já que nos quadrinhos, eles sempre foram inimigos dos heróis da Marvel e até mesmo de outros antagonistas, como os Kree. Basta apenas se lembrar da famosa Invasão Secreta para você ter ideia disso.
No entanto, o filme mudou completamente esse status dos alienígenas que mudam de forma: eles apenas querem um novo lar para viver, após o planeta natal deles ser dizimado pelos Kree. Isso jogou por água abaixo todas as suposições e teorias formuladas nos últimos meses em relação aos Skrulls.
Só resta uma dúvida: será que eles conseguiram encontrar uma nova casa? A resposta deve vir na provável sequência de Capitã Marvel.
2) A guerra entre os Kree e Skrulls
Por conta dessa mudança de personalidade dos Skrulls, a guerra entre eles e os Kree em Capitã Marvel também se desenrolou de forma diferente em relação aos quadrinhos.
Nas HQs, foram os Skrulls que deram início ao conflito. Eles foram até Hala, que era o planeta natal tanto dos Kree quanto dos Cotati, e decidiram escolher uma das raças para representar o local dentro do Império Skrull.
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Os Cotati venceram, mas os Kree não gostaram nada disso, mataram seus conterrâneos e decidiram atacar os Skrulls, dando início ao conflito que se estendeu por milhões de anos.
Já no filme, até chegamos a imaginar que os Skrulls eram os vilões, mas tudo não passava de uma manipulação dos Kree na mente de Carol Danvers. Logo, Talos explica que os alienígenas foram vítimas da superioridade dos Kree, tiveram seu planeta destruído e precisaram se espalhar pelo universo para manter a espécie viva.
1) A forma binária da Capitã Marvel
Por fim, todos vimos Carol despertando sua famosa forma binária, que a deixa muito mais poderosa, na parte final do filme. E essa também foi outra mudança drástica em relação aos quadrinhos.
Na obra original, Carol foi capturada pelos alienígenas insetóides conhecidos como Ninhada, que decidiram realizar experimentos na heroína. Isso causou uma pequena mutação em seus genes, que foram o suficiente para que ela despertasse sua forma binária.
No entanto, isso se desenrolou de maneira bem distinta no filme. Carol despertou a forma no momento em que confrontava a Inteligência Suprema dos Kree. Apenas fica uma dúvida: a heroína liberou esse poder justamente nesse momento de grande emoção ou ele já estava dentro dela e apenas era controlado pelos Kree? Talvez,, um dia, teremos uma resposta.
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