por Cheyna Corrêa
Em julho de 1947, uma série de eventos em Roswell, Novo México, desencadeou uma das conspirações mais famosas da Ufologia. Tudo começou quando o fazendeiro Mac Brazel encontrou destroços estranhos em seu rancho — pedaços de metal que voltavam à forma original após serem amassados. Intrigado, ele avisou o xerife local, que acionou a 509ª Asa de Bombardeio, a única unidade da época equipada com bombas atômicas.
Descoberta dos destroços
Mac Brazel reuniu fragmentos do que parecia ser um objeto metálico e levou tudo ao xerife George Wilcox. A base aérea de Roswell enviou o major Jesse Marcel para investigar. Os destroços eram leves, indestrutíveis e marcados com símbolos que lembravam hieróglifos. Nada na Terra na época tinha aquelas propriedades.

Foto: Universal History Archive
O anúncio e o recuo oficial
No dia 8 de julho de 1947, a Força Aérea emitiu um comunicado afirmando ter recuperado um “disco voador” — palavras que ecoaram em manchetes de jornais e emissoras de rádio. Mas, em 9 de julho, o general Roger Ramey voltou atrás e explicou que se tratava de um balão meteorológico. A troca de versões oficial levantou suspeitas e alimentou teorias de encobrimento.
Teorias e testemunhas
Ao longo das décadas, ex-militares como Jesse Marcel e Stanton Friedman afirmaram que os destroços eram de origem extraterrestre. Surgiram relatos de corpos alienígenas — pequenos, cabeçudos e de olhos grandes — supostamente resgatados e autopsiados em segredo. Entrevistas com Walter Haut, o primeiro oficial de imprensa da base, e com Glenn Dennis, um agente funerário que forneceu detalhes sobre caixões especiais, reforçaram o mistério.

Imagem: Reprodução
Legado e impacto cultural
Roswell se tornou um marco da cultura pop, inspirando livros como The Roswell Incident (1980) e UFO Crash at Roswell (1991), séries como Arquivo X e filmes de ficção. Em 1994, o governo americano atribuiu o caso ao Projeto Mogul, um programa secreto de balões para monitorar testes soviéticos. Mais tarde, em 1997, relataram que “corpos alienígenas” eram apenas bonecos de teste. Mesmo assim, o episódio permanece um dos maiores mistérios não resolvidos do século XX. Afinal, se não foi um disco voador, como explicar a reação do governo e o silêncio que se seguiu?
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