GOG, loja virtual fundada pela CD Projekt Red, foi vendida; saiba pra quem

Vinicius Miranda

A CD Projekt anunciou a venda da GOG, sua plataforma de distribuição digital de jogos para PC, ao cofundador Michał Kiciński. A operação marca uma mudança importante na estrutura do grupo, que passa a concentrar seus esforços no desenvolvimento de novos jogos, enquanto a loja digital segue como uma empresa independente sob o comando de um de seus criadores.

De acordo com o comunicado oficial, a transação foi concluída pelo valor de 90,7 milhões de zlotys poloneses (cerca de US$ 25,2 milhões). A GOG, conhecida por seu compromisso com jogos livres de DRM e pela preservação de títulos clássicos, operava dentro da CD Projekt há mais de 17 anos.

Mesmo após a venda, as duas empresas continuarão mantendo uma relação comercial. Como parte do acordo, foi firmado um contrato de distribuição que garante que os próximos lançamentos da CD Projekt Red — estúdio responsável por franquias como “The Witcher” e “Cyberpunk 2077” — também chegarão à plataforma da GOG.

Em comunicado oficial, Michał Nowakowski, co-CEO da CD Projekt, afirmou que a decisão permite à empresa direcionar totalmente seus esforços para o desenvolvimento de novos projetos. Segundo ele, a companhia vive um momento de reestruturação estratégica e vê a venda como um passo natural nesse processo.

Michał Kiciński, co-fundador e atual dono da GOG – Reprodução

O executivo destacou ainda que a GOG passa a seguir seu caminho em “boas mãos”, ressaltando a confiança na liderança de Michał Kiciński, um dos fundadores da própria plataforma. Para Nowakowski, a experiência do empresário garante que a loja continuará apostando em projetos relevantes e mantendo sua identidade no mercado digital.

Em declaração própria, Kiciński afirmou que a GOG seguirá fiel aos seus valores centrais, como a defesa da liberdade do consumidor, a independência criativa e a valorização da posse real dos jogos adquiridos. Ele também comentou sobre o cenário atual da indústria, marcado pelo crescimento de ecossistemas fechados e exigência de clientes obrigatórios para jogar.

Segundo o empresário, a proposta da GOG se torna ainda mais relevante nesse contexto, oferecendo uma alternativa focada em liberdade e preservação. Ele destacou ainda que vê a plataforma como o melhor espaço para adquirir títulos da franquia “The Witcher” e “Cyberpunk”, incluindo futuros lançamentos da CD Projekt Red.

Kiciński também reforçou seu interesse pessoal por jogos clássicos e pela preservação da história dos videogames. De acordo com ele, muitos títulos antigos continuam oferecendo experiências tão envolventes quanto produções modernas, especialmente em um mercado cada vez mais saturado por lançamentos de menor qualidade.

Além disso, o executivo revelou que a GOG seguirá investindo em novos projetos com espírito retrô, alguns deles já em desenvolvimento e previstos para chegar à plataforma a partir de 2026. A proposta é unir nostalgia, inovação e curadoria cuidadosa, mantendo a identidade que consolidou a loja ao longo dos anos.

Com a mudança, a CD Projekt reforça sua estratégia de focar no desenvolvimento de grandes franquias, enquanto a GOG ganha autonomia para expandir seu catálogo e fortalecer sua posição como uma das principais lojas digitais voltadas a jogos sem DRM.

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