Pouco tempo após o filme dos Eternos, um dos títulos que farão parte da Fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel (UCM), ser confirmado oficialmente na San Diego Comic-Con 2019, foi divulgada a primeira imagem do longa, onde podemos ver os imponentes Celestiais, responsáveis por criar a raça dos Eternos.
Os Celestiais são um dos pontos principais na mitologia dos Eternos e a Marvel não teria como deixar essa peça fundamental de fora da produção.
Para quem não se lembra, o pai de Peter Quill em Guardiões da Galáxia Vol. 2, Ego, era um Celestial. No entanto, ele parece ter se desenvolvido isolado no universo, separado de sua raça. Os Celestiais têm um padrão de armadura e isso não existe em Ego, que criou um planeta em volta de si como proteção. Isso foi bastante interessante, mas não traz o visual clássico dos Celestiais que esperávamos.
A arte divulgada pela Marvel traz os Celestiais bem escuros, mas ela deve estar bem distante do visual finalizado no filme. Isso porque Kevin Feige, o CEO dos Estúdios Marvel, disse que o filme seria “ao estilo Jack Kirby”. Isso significa lembrar que os Celestiais eram bastante coloridos desde a época de sua criação e se mantiveram assim ao longo do tempo, visto que os desenhistas continuaram sendo bastante fiéis ao estilo criado na década de 1970.
Caso os Celestiais estejam sendo preparados para atuarem como os vilões do filme, até faria sentido que eles percam um pouco as suas cores e adquiram um visual mais sombrio. Particularmente, eles coloridos seria bem mais legal!
Quem são os Celestiais?
É importante ressaltar que Kevin Feige, ao citar Jack Kirby, estava se referindo à trama e não ao visual. Isso significa dizer que o filme deverá ser inspirado na fase clássica dos Eternos, que era basicamente toda focada na apresentação dos Celestiais.
A cada edição, conhecíamos um novo celestial cujo nome vem sempre acompanhado de um título: Arishem, o juiz; Gammenon, o coletor; Eson, o pesquisador; entre diversos outros.
Outro Celestial que tem boa chance de estar no filme é Tiamut, o sonhador. O personagem aparece em praticamente todas as fases dos Eternos e é um dos Celestiais mais importantes da Marvel. Foi ele quem criou pessoalmente cada detalhe no Eterno Makkari. Ainda, foi o único Celestial a se tornar um indivíduo, a tomar decisões por si mesmo. Por esse motivo, inclusive, ele foi chamado para andar junto com o todo-poderoso, o Deus dos Celestiais: Fulcrum.
Fulcrum é uma figura totalmente inspirada em Jack Kirby e muitos acreditam que ele seja uma manifestação de The One Above All, já que ele também é chamado de onipotente e onisciente. Sendo assim, existe a chance de, já no filme dos Eternos, o personagem ser introduzido no UCM – quem sabe como uma forma de homenagear Stan Lee? Seria incrível.
Entenda a hierarquia: acima de tudo e todos está The One Above All. Logo abaixo, vem Fulcrum. A partir daí, estão os Celestiais, que respondem às ordens de Fulcrum e são recriados por ele quando morrem.
Já dentro dos Celestiais, existe o líder One Above All (não confunda, são dois personagens diferentes!) e outros que já estão em uma escala mais abstrata, como Scathan. Mais abaixo, existem Celestiais mais fracos e que trabalham cuidando de universos, estrelas, planetas… Alguns deles foram justamente o grupo que veio para a Terra na Pré-História. Aqui, eles fizeram alterações genéticas nos ancestrais do Homem.
Eternos, Deviantes e… Thanos?
O resultado disso foi a criação de três diferentes raças: os humanos, os Eternos e os Deviantes – que são os principais inimigos dos Eternos. Eles possuem uma genética instável e são encarados como erros dos Celestiais. São monstros horrorosos e malvados que não deveriam ter existido. Um detalhe interessante sobre os Deviantes é que eles são extremamente religiosos. Eles possuem sua própria Bíblia e veneram Tiamut, o sonhador.
Os Eternos são o completo oposto: são lindíssimos e vistos como deuses imortais. Para diversas civilizações antigas da Humanidade, eles chegaram a agir realmente como deuses e viriam a se tornar as divindades mitológicas pelo mundo. Ao mesmo tempo, os monstros dessas mitologias eram, na verdade, os Deviantes.
Em Vingadores: Guerra Infinita, vimos que a raça de Thanos vivia em Titã, uma das luas de Saturno, em nosso próprio Sistema Solar. Como eles teriam ido parar lá? Acredite se puder: eles eram Eternos que se mudaram para Titã após uma Guerra Civil na Terra. Ou seja, toda a população de Titã era composta por Eternos. O próprio Thanos tem um irmão, Starfox, que já chegou a ser membro dos Vingadores nos quadrinhos e pode estar vivo no UCM.
O que você deve ter notado é que Thanos é muita coisa, menos belíssimo. Ele é mais monstrengo do que os outros Eternos. O motivo é que ele nasceu com uma mutação genética: a Síndrome Deviante. Em poucas palavras, Thanos é um Eterno com genes Deviantes. Não é à toa que a mãe dele tentou matá-lo enquanto ainda era um bebê. Sabia dessa?
Outra coisa que o filme dos Eternos pode explorar é a origem dos Skrulls. Nos quadrinhos, eles passaram exatamente pelo mesmo processo que os Celestiais fizeram na Terra. A diferença é que seu planeta foi dominado pelos Skrulls Deviantes, com os primitivos e Eternos tendo sido extintos. Atualmente, todos os Skrulls são Deviantes.
E os Mutantes?
Além de tudo isso, o filme dos Eternos pode ser, finalmente, a introdução do Gene X dos mutantes no UCM. Por que isso também tem ligação com os experimentos dos Celestiais na Terra! Principalmente com Apocalypse, que é um servo da vontade evolutiva dos Celestiais – por isso ele tenta fazer com que os mutantes dominem o planeta.
Apocalypse quer transformar todos os humanos do mundo em mutantes pois ele precisa que o Homem atinja seu próximo estágio evolutivo. A armadura do personagem é Celestial, por exemplo. Agora que a Marvel detém os direitos do vilão novamente, já pensou o quanto ele poderá ficar rico em mitologia e poderes dentro do UCM?
Os Celestiais são absurdamente importantes pra muita coisa dentro do folclore da Marvel nos quadrinhos, dando origem a várias raças e poderes, sendo fundamentais para a criação do Multiverso, além dos planos de existência e outros conceitos da editora. Eles foram presentes em diversas sagas e agora chegarão para abalar as estruturas do UCM.
Seja o primeiro a comentar