Desde que Chainsaw Man Part 2 começou a ser publicada, a recepção tem sido dividida entre os fãs. Após um hiato de quase dois anos, a série voltou com uma abordagem bem diferente da primeira parte, tirando Denji do protagonismo nos primeiros capítulos e adotando um ritmo mais introspectivo e não linear.
Isso gerou críticas sobre o ritmo da história, a falta de progresso dos personagens e os desfechos anticlimáticos de certos arcos. No entanto, Tatsuki Fujimoto já havia antecipado essas mudanças bem antes da Parte 2 começar, revelando que seu principal modelo de inspiração para essa nova fase foi um filme inesperado.
O filme que inspirou Chainsaw Man Parte 2
Em uma entrevista para a revista Da Vinci, em 2021, Fujimoto foi questionado sobre seus planos para o futuro de Chainsaw Man. Sua resposta surpreendeu ao citar um clássico cult do cinema americano: O Grande Lebowski (The Big Lebowski, 1998), dirigido pelos irmãos Coen.
“Você conhece o filme O Grande Lebowski? Quando terminei de assistir, pensei: ‘O que foi isso?’ […] Nada fazia muito sentido! Mas, ao mesmo tempo, o protagonista se desenvolveu, a história progrediu e havia essa sublime absurdidade que eu adorei.”
Fujimoto então explicou que queria que a Parte 2 de Chainsaw Man transmitisse essa mesma sensação, onde a narrativa parece girar em círculos, mas ainda assim evolui de forma sutil e orgânica.
Chainsaw Man Parte 2 segue exatamente o plano de Fujimoto
Se olharmos a estrutura narrativa da Parte 2, é fácil perceber a influência desse conceito. A história segue um padrão repetitivo:
- Um novo demônio aparece.
- Destruição acontece.
- O demônio desaparece ou é derrotado.
- Denji e Asa continuam praticamente no mesmo ponto de antes.
Isso tem sido alvo de muitas críticas, já que, diferente da ação frenética da Parte 1, a segunda fase da obra troca o caos por um foco maior no desenvolvimento dos personagens.
Denji e Asa estão perto do limite
Para que essa estrutura funcione, o desenvolvimento dos personagens precisa ser o foco principal. No entanto, muitos fãs reclamam que Denji continua cometendo os mesmos erros e que Asa parece estar à mercê dos planos de Yoru, sem evoluir.
Se a série terminar sem nenhuma transformação real nesses personagens, então talvez a Parte 2 tenha falhado no que se propôs a fazer. No entanto, o capítulo #195 (“Kill Me Tears”) pode ter sinalizado o início de mudanças significativas, já que Denji e Asa finalmente tiveram um momento íntimo depois de quase 90 capítulos.
Com a chegada de um novo demônio misterioso, a Parte 2 parece estar se aproximando de um clímax, e os próximos capítulos devem definir o verdadeiro propósito dessa nova fase.
A Parte 2 foi criticada, mas segue fiel à visão de Fujimoto
Enquanto a Parte 1 de Chainsaw Man era marcada pelo caos e ação, a Parte 2 adota uma abordagem mais lenta e voltada para os personagens, o que divide a opinião dos fãs.
Porém, segundo Fujimoto, essa mudança sempre esteve nos planos, e a obra está seguindo exatamente o caminho que ele queria desde o início.
Agora, com o arco de Reze recebendo um filme animado e a Parte 2 se encaminhando para momentos decisivos, resta saber se a conclusão dessa fase justificará todas as decisões narrativas até agora.
E para você? Chainsaw Man está no caminho certo ou perdeu o impacto da primeira parte?
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