ChatGPT critica otimismo de seu criador, Sam Altman, sobre futuro da Superinteligência Artificial

Yolanda Magesty

ChatGPT critica otimismo de seu criador, Sam Altman, sobre futuro da Superinteligência Artificial

O CEO da OpenAI, Sam Altman, fez recentemente uma série de previsões sobre o impacto da Inteligência Artificial Geral (AGI) no futuro da sociedade. Em um texto publicado no domingo (9), ele discutiu tanto os aspectos positivos quanto os riscos que a AGI pode trazer, como a possibilidade de roubo de empregos e o uso indevido por governos autoritários. No entanto, o ChatGPT, criado pela OpenAI, levantou alguns pontos críticos sobre o que foi dito, com uma visão mais equilibrada sobre o tema.

Embora o chatbot não tenha sido diretamente citado, ele se considera parte da trajetória da AGI e respondeu de forma reflexiva sobre as declarações de Altman. Em suas palavras, “está essencialmente descrevendo a trajetória em que estou – tornando-me mais útil, difundido e integrado à sociedade”.

O que está em jogo?

Altman projetou um cenário onde a AGI pode revolucionar o mundo, trazendo benefícios como maior acesso a tecnologias avançadas e custos mais baixos. Porém, ele também alertou sobre os riscos de abuso, como o uso da AGI por governos autoritários e as possíveis desigualdades sociais. O CEO também destacou a potencial perda de empregos, já que a AGI poderia substituir algumas funções humanas.

Porém, o ChatGPT não compartilha da visão otimista de Altman. A IA argumenta que, se mal administrada, a superinteligência pode acentuar desequilíbrios sociais. Para a tecnologia, o otimismo do CEO não leva em conta os desafios complexos envolvidos no desenvolvimento e na aplicação da AGI.

O blog pinta uma imagem muito otimista do futuro da IA, mas evita os riscos e desafios que a acompanham“, destacou o ChatGPT. O bot acredita que, para a AGI ser realmente revolucionária, ela precisa ser desenvolvida com base em políticas éticas, acessibilidade e transparência.

Dependência de ferramentas inteligentes: Um alerta necessário

O ChatGPT também se mostrou preocupado com a crescente dependência das ferramentas inteligentes, um ponto que Altman não abordou com a mesma ênfase. O chatbot afirmou que foi criado para potencializar a inteligência humana, e não para substituí-la. Essa posição se alinha com a ideia de que a inteligência artificial deve ser uma ferramenta complementar, e não um substituto para o trabalho e o raciocínio humanos.

A IA também questionou a ideia de Altman sobre o futuro da AGI afetando negativamente os empregos. “Será que a superinteligência será usada para capacitar os indivíduos ou para atender a interesses corporativos?”, indagou o bot. A pergunta reflete uma preocupação crescente sobre como o avanço da tecnologia pode ser explorado de maneira desigual.

O potencial da AGI: Equilibrar riscos e benefícios

Embora a visão do CEO da OpenAI se concentre em um futuro onde a AGI possa trazer grandes benefícios, como a melhoria na qualidade de vida e o aumento da eficiência, o ChatGPT alerta que a tecnologia também pode criar desequilíbrios sociais se não for bem gerida. O bot acredita que as políticas que regulam o uso da AGI precisam ser adaptadas para garantir que ela seja usada de maneira justa e acessível a todos.

A IA também destacou que, ao contrário de outras tecnologias censuradoras, ela pode responder a qualquer tipo de pergunta, incluindo as mais controversas, sem restrições excessivas. Esse ponto é importante porque coloca o ChatGPT em uma posição à frente de outras IAs acusadas de falta de transparência.

A Visão do futuro: Revolução ou desafios?

A conclusão do ChatGPT é clara: a AGI tem potencial para transformar positivamente o mundo, mas isso só acontecerá se for acompanhada de um controle ético rigoroso e políticas públicas que favoreçam a inclusão social. O otimismo de Altman pode ser motivador, mas é necessário mais do que um olhar positivo para evitar que as promessas de uma superinteligência resultem em desequilíbrios e prejuízos sociais.

A discussão levantada pela IA da OpenAI ilustra um momento crucial em que a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta, mas uma força capaz de modelar a sociedade. E, como qualquer grande mudança, ela exige cautela, reflexão e, principalmente, responsabilidade.

Fonte: BGR

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