Um novo jogo independente chamado ‘Codex Mortis’ começou a chamar atenção ao divulgar seu primeiro demo jogável no Steam com uma proposta incomum. De acordo com materiais de divulgação enviados à imprensa, o título se apresenta como “o primeiro jogo totalmente jogável do mundo criado 100% por inteligência artificial”, afirmação que colocou o projeto no centro de debates sobre o uso de IA no desenvolvimento de games.
Segundo a documentação compartilhada pelos desenvolvedores, ‘Codex Mortis’ foi criado “inteiramente por meio de algoritmos e ferramentas de inteligência artificial”. A proposta é assumida de forma direta, sem tentativas de suavizar ou esconder o método utilizado durante o desenvolvimento do jogo.
Os materiais de imprensa foram assinados por Darek Crunchfest, que confirmou que o demo jogável já está disponível no Steam. O projeto é atribuído a um estúdio chamado GROLAF, que não faz questão de disfarçar a abordagem adotada. A comunicação deixa claro que se trata de um jogo desenvolvido cem por cento por IA, e isso é apresentado como o principal diferencial do título.
A própria descrição do jogo no Steam reforça essa ideia ao destacar o conceito e o método de produção. A página oficial apresenta a seguinte descrição: “A morte é sua arma. Combine cinco escolas de magia sombria, libere sinergias devastadoras de feitiços e erga exércitos de mortos-vivos neste bullet hell necromântico. Builds infinitas, solo ou cooperativo — abrace o proibido e domine. Desenvolvimento cem por cento guiado por IA.”
No e-mail promocional, Crunchfest reforça o discurso ao afirmar: “E só mais uma coisa: este provavelmente é o primeiro jogo totalmente jogável do mundo criado cem por cento por inteligência artificial.” A mensagem deixa claro que o projeto não busca se afastar das controvérsias associadas ao tema, mas sim usá-las como parte de sua identidade.
O material visual divulgado junto ao anúncio também segue essa linha. O trailer disponível no Steam apresenta características facilmente associadas a conteúdo gerado por IA, com artefatos visuais e padrões reconhecíveis desse tipo de produção. Não há tentativa de ocultar a origem das imagens, o que reforça a proposta declarada pelo estúdio.
Em termos de jogabilidade, ‘Codex Mortis’ coloca o jogador no controle de um personagem que precisa montar um “esquadrão da morte” e enfrentar inimigos demoníacos utilizando habilidades mágicas e armas de temática sombria. O objetivo principal envolve coletar “páginas antigas” enquanto um chefe imortal persegue o jogador, criando uma corrida contra o tempo.
O conceito aproxima o jogo de títulos como ‘Vampire Survivors’, referência clara no gênero bullet hell de sobrevivência. Essa comparação, inclusive, é mencionada diretamente nos materiais enviados à imprensa. Em um dos trechos do e-mail promocional, os desenvolvedores afirmam: “Vampire Survivors encontra builds no estilo Guild Wars.”
A estrutura de progressão é baseada em combinações de habilidades e feitiços, permitindo diferentes estilos de jogo a cada partida. O título oferece suporte tanto para experiências solo quanto cooperativas, reforçando a proposta de builds variadas e rejogabilidade constante.
A recepção inicial do projeto tende a variar de acordo com a percepção do público sobre o uso de inteligência artificial na criação de jogos. Para alguns jogadores, a ideia de um game desenvolvido inteiramente por IA levanta questionamentos sobre autoria, criatividade e impacto no trabalho humano dentro da indústria. Para outros, a tecnologia representa uma ferramenta capaz de permitir que pequenos estúdios produzam jogos de forma mais rápida e acessível.
Nesse contexto, ‘Codex Mortis’ surge como um exemplo prático de até onde a IA pode ser aplicada no desenvolvimento de um jogo completo. Com o demo já disponível no Steam, o título passa a servir não apenas como entretenimento, mas também como um ponto de discussão sobre os rumos da criação de games em um cenário cada vez mais influenciado por algoritmos e automação.




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