Coluna do Peter: o que eu achei de Brightburn, novo terror de James Gunn?

Peter

Coluna do Peter: o que eu achei de Brightburn, novo terror de James Gunn?

Eu já assisti Brightburn – Filho das Trevas. O Superman do mal… aliás, Superboy do mal. Pensa comigo: o que aconteceria se o Super-Homem caísse na Terra, fosse criado por uma família do bem, em um mundo onde só ele tivesse superpoderes e, de repente, decidisse matar os seres humanos, por puro prazer? Pois é… esse é o resumo rápido do novo filme de James Gunn!

A ansiedade para assistir esse filme estava bem grande, pois a premissa da produção é bastante interessante. Essa questão de nos depararmos com uma versão maligna do Superman em um filme que foge totalmente ao padrão das produções de super-herói: um filme de terror! A ideia é algo completamente novo.

Resumindo

Brightburn – Filho das Trevas é um filme inovador auto-descrito como “terror de super-heróis” e foi feito pelo grande James Gunn, que dirigiu e criou os Guardiões da Galáxia no Universo Cinematográfico Marvel (UCM). Ou seja, uma fórmula inovadora, num filme de super-herói, com um nome de peso por trás: não tem como dar errado, certo? Erradíssimo!

O filme conta a história de um garoto que chega na Terra em uma nave espacial e cai numa fazenda na cidade de Brightburn, no Kansas, interior dos Estados Unidos. Esse garoto é criado com amor por um casal de fazendeiros e tem uma adolescência supertranquila e amigável. A vida perfeita! Lógico que esse mini-resumo te lembrou a história do garoto Clark Kent, criado pelo casal Johnatan e Marta Kent, que cresceu como Superman e se dedicou a praticar o bem e ajudar a humanidade. Só que em Brightburn a história vai pelo caminho contrário.

O garoto em questão se chama Brendon Breyer e é criado pelo casal Tori e Kyle Breyer. Eles tentavam ter filhos a todo custo, mas não conseguiam! Até que, em uma noite, são presenteados com uma nave que cai do céu. Eles resolvem adotar a criança e o filme já dá um salto de 10 anos logo no início. Justamente porque todo mundo conhece a história do Superman e isso já é carimbado em nossas mentes.

Brendon cresce e passa a ser um moleque superinteligente e também gentil. No entanto, quando completa 12 anos de idade, ele acaba descobrindo que tem superpoderes e começa, sem nenhuma explicação, a agir de maneira bastante violenta. O pai até percebe essa mudança enquanto, a mãe prefere não acreditar que ele é malvado. E não tem jeito! Ele passa a ser mal e parece que só vai piorando.

O filme, com certeza, desperta a curiosidade do espectador. Um super-herói do mal que ninguém pode deter? Pra piorar, ele é apenas uma criança que comete assassinatos extremamente violentos. Quando se pensa no Superman, é possível imaginar mil maneiras bizarras de se matar um ser humano. Por exemplo, um cara que ergue o peso do planeta Terra por 6 dias seguidos, imagina o que esse cara não faria se desse um tapa num ser humano comum? Um peteleco?

Imagina o Superman jogando alguém pra fora da atmosfera ou levando pras profundezas do oceano? Sério, acho que teria pensado em muito mais possibilidades do que as que foram exploradas no filme. A produção explorou bem pouco esse lado dos superpoderes. Simplesmente, ele começa a matar desenfreadamente. Faltou uma história mais completa. Faltou mostrar, talvez, algum momento de heroísmo para só então virar um supervilão.

É bom ou não?

O roteiro não se aprofundou em envolver o público em um enredo mais completo, algo que mostrasse os porquês de ele se transformar em um supervilão. Ele ouviu umas vozes da nave (que só ele pode ouvir) e pronto: virou vilão. Os pais dele tentam dar conselhos “do bem” pra tentar tirar ele dessa. Mas a gente fica pensando: “Cara, que droga de conselho é esse?”. Eu, com certeza, teria conversado com ele muito melhor que os pais dele.

A parte positiva do filme é que bem gore. As poucas mortes mostradas no filme, são ao estilo Jogos Mortais. Pra quem curte, é um prato cheio. Como eu disse, entretanto, poderiam ter mostrado mortes mais “superpoderosas”. Os efeitos, apesar de nada no estilo blockbuster Marvel ou DC, funcionam tranquilamente. Até nas tomadas onde Brendon voava, a câmera mostrava ele bem de perto ou bem de longe. Optaram por não gastar muito, mas gastaram no correto, convenceu!

Eu queria muito que o James Gunn tivesse dirigido e escrito o filme, porque ele só produziu. Seria bem legal e eu acho, sinceramente, que teria sido bem melhor.

Atenção! Pequena revelação importante sobre o enredo do filme no próximo parágrafo.

O filme deixou em aberto a possibilidade de uma continuação e, quem sabe?, até mesmo um novo universo compartilhado. Eu gostaria muito de ver esse supervilão enfrentando outro cara igual a ele. Uma versão do bem! A trilogia do Glass começou assim, não podemos esquecer.

Inclusive, o final do filme até surpreende por tanta maldade de Brendon e uma sequência com ele envelhecido, descobrindo que existe outro ser como ele, que ameaça a superioridade dele perante as outras espécies seria espetacular.

Veredicto: Nota 6,5. Não tive vontade de parar, mas poderia ter sido melhor.

VEJA MAIS brightburn - filho das trevas
COMPARTILHE Facebook Twitter Instagram

Leia Também


Mais Lidas

ASSINE A NEWSLETTER

Aproveite para ter acesso ao conteúdo da revista e muito mais.

ASSINAR AGORA