Se você esperava vestir capa e sair por aí derrotando vilões, Dispatch oferece uma experiência bem diferente. Desenvolvido pelo AdHoc Studio, equipe formada por ex-desenvolvedores da Telltale Games, o jogo coloca o jogador no controle do Superhero Dispatch Network (SDN), supervisionando um grupo de vilões reformados chamados Z-Team.
Você assume o papel de Robert Robertson, também conhecido como Mecha Man, que foi forçado a trocar os combates diretos por um escritório. Seu objetivo? Gerenciar as missões da Z-Team de forma eficiente para provar que esses ex-vilões podem se tornar heróis de verdade. E, se fizer um bom trabalho, o SDN promete consertar seu traje de Mecha Man, permitindo que ele volte à ação no campo.
Uma narrativa estilo Telltale, mas com super-heróis
O grande diferencial de Dispatch está na abordagem narrativa. Nick Herman, COO do AdHoc Studio, explica que a história foi planejada primeiro, com a jogabilidade sendo ajustada depois, criando uma sensação parecida com assistir a uma série de TV – mas com você tomando as decisões.
O jogo é episódico, com dois episódios por semana durante quatro semanas, começando em 22 de outubro, e cada capítulo dura cerca de uma hora. Herman acredita que, ao definir um cronograma claro, os jogadores podem entrar na história a qualquer momento sem se sentirem perdidos.
“Adoramos o modelo episódico para jogos. Ele gera conversas, especulações e facilita o consumo da narrativa. Se você começar tarde, ainda consegue se atualizar e acompanhar todo mundo”, afirma Herman.
Estratégia e gerenciamento da Z-Team
No núcleo do gameplay, você recebe chamadas e decide quais heróis enviar para cada missão. Cada membro da Z-Team possui estatísticas únicas distribuídas em Combate, Vigor, Mobilidade, Carisma e Inteligência, e a escolha certa é essencial para o sucesso.
Enviar o herói errado pode ter consequências sérias. Durante as missões, é preciso tomar decisões rápidas que alteram os resultados e, se os heróis se ferirem, suas estatísticas diminuem – e eles podem ficar indisponíveis pelo resto do turno. Conforme completam tarefas, ganham experiência e novas habilidades, mas sempre haverá a tensão entre risco e recompensa.
Mini-games e desafios adicionais
Para variar a jogabilidade, Dispatch inclui mini-games, como hacking, onde você guia um nó por caminhos e resolve puzzles enquanto enfrenta antivírus. Pequenos detalhes assim ajudam a quebrar a rotina das chamadas e mantêm o jogador engajado.
A grande questão é se esses desafios serão variados o suficiente para não se tornarem repetitivos e se a jogabilidade manterá a narrativa sempre envolvente.
Estilo visual e fidelidade narrativa
Herman também destaca que Dispatch não é só sobre a história: a aparência do jogo foi cuidadosamente trabalhada para não parecer apenas “mais um videogame”. O objetivo é que os jogadores se sintam realmente imersos na narrativa, enquanto tomam decisões que impactam o rumo da história.
“Queremos que o jogador se envolva com os personagens e a história. Se a apresentação visual não estiver à altura, até a melhor narrativa perde parte do impacto”, afirma Herman.
Uma nova abordagem para jogos de super-heróis
Dispatch não se trata de lutar, mas de gerenciar, decidir e lidar com as consequências. Se AdHoc conseguir equilibrar narrativa e gameplay, o jogo pode se tornar uma das experiências mais inovadoras de super-heróis nos últimos anos.
O lançamento de Dispatch está confirmado para 22 de outubro no PS5 e PC, prometendo uma aventura estratégica, cheia de humor e decisões que podem mudar o destino de cada herói.
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