O renomado diretor Francis Ford Coppola, de 85 anos, está no Brasil para promover seu mais recente trabalho, Megalópolis – Uma Fábula, e durante o evento realizado no Teatro B32, em São Paulo, o cineasta fez questão de destacar a importância do cinema brasileiro. Em uma conversa conduzida pela crítica Isabela Boscov, Coppola relembrou sua convivência com Glauber Rocha, um dos maiores nomes do movimento Cinema Novo.

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“Acredito que o Brasil possui uma herança cinematográfica muito rica“, afirmou Coppola ao público. Ele aproveitou o momento para recordar quando Glauber, exilado, viveu em sua casa em São Francisco, nos Estados Unidos. “O Glauber Rocha viveu na minha casa e uma vez chorou em meus braços, sem saber se um dia poderia voltar ao seu país”, relembrou Coppola. “Como um diretor que amava tanto o seu país poderia correr esse risco?”
O cineasta também prestou uma homenagem ao legado de Glauber, citando algumas de suas obras mais famosas, como O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro e Deus e o Diabo na Terra do Sol. Segundo ele, foi um privilégio conhecer o diretor, que retornou ao Brasil, mas faleceu pouco tempo depois.
Além de enaltecer o cinema nacional, Coppola destacou que filmes como Cidade de Deus e Pixote foram cruciais para inspirar uma das cenas de Megalópolis. “Essas obras influenciaram diretamente uma sequência do filme”, revelou o diretor.
Curitiba e Jaime Lerner como inspirações para “Megalópolis”
Curitiba também ganhou destaque nas declarações de Coppola. Em entrevistas anteriores, o cineasta já havia mencionado que o personagem de Adam Driver e o projeto central da trama de Megalópolis foram inspirados no ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, e em seu trabalho com a capital paranaense.
Com a combinação de homenagens ao Brasil e referências a figuras marcantes como Glauber Rocha e Jaime Lerner, Coppola reafirma sua conexão com o país, não apenas como uma fonte de inspiração, mas também como um local que influencia suas obras.
Fonte: CNN Brasil
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