Por André Luiz Fernandes
Os tempos andam difíceis para a Marvel nos últimos anos, mas as vitórias parecem estar voltando a acontecer, ainda que de forma mais tímida. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos foi um sucesso e a série da Coração de Ferro pode ter ajudado a “destravar” dois projetos futuros que estão em uma situação um tanto complicada.
Um dos grandes diferenciais da série encabeçada por RiRi Williams é união entre tecnologia e magia. A parte tecnológica é a mais evidente, já que tivemos a primeira armadura altamente funcional do MCU em muito tempo, e o lado da magia foi mais percebido no final, com a chegada de um vilão aguardado há muito tempo, o Mephisto, vivido por Sacha Baron Cohen.
E esse paradoxo pode ter ajudado com dois outros títulos: o primeiro, cuja ligação é mais óbvia, é Armor Wars. A série pretende abordar o legado de Tony Stark, tendo o Máquina de Combate como protagonista, mas foi deixada de lado após a má repercussão do arco de James Rhodes em Invasão Secreta. Coração de Ferro também mexe com o legado do Homem de Ferro e pode ser o que Armor Wars precisava para finalmente sair do papel.
Já a chegada do Mephisto, “prometido” desde os tempos de WandaVision, finalmente coloca o lado mágico do MCU em destaque. Isso é exatamente o que falta para que o filme do Blade, o maior pesadelo atual da Marvel, se conecte com a franquia como um todo. O vilão certamente representa uma grande ameaça em termos mágicos e Blade faz parte da linha de frente desse núcleo.
O filme do Caçador de Vampiros tem outros problemas, a maioria deles mais ligado a questões de direção e roteiro do que de magia mesmo. Mas Coração de Ferro pode ter sido a premissa que todos precisavam, ainda que sem saber. Ninguém tem ideia de quando o longa finalmente sairá ou o que a Marvel deve fazer em relação à versão skrull de James Rhodes, mas o sucesso de RiRi Williams em sua armadura mostra que há um caminho para todos esses personagens e arcos.
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