O final da segunda temporada de A Casa do Dragão, exibido no último domingo (4) pela HBO, não agradou a todos. Críticas inundaram as redes sociais, principalmente pela ausência da aguardada Batalha da Goela. O criador da série, Ryan Condal, se viu na posição de justificar suas escolhas.
“Estávamos tentando dar à [Batalha da] Goela, que é sem dúvida o mais esperado – bem, talvez o segundo evento de ação mais esperado de Fogo & Sangue – tentando dar-lhe o tempo e o espaço que merece“, explicou Condal em coletiva de imprensa, conforme relatado pela Variety.
“Como showrunner, você está na posição de ter que equilibrar a narrativa e os recursos disponíveis para contar a história, precisa pensar qual o destino final da série, para onde estamos indo”, destacou o roteirista.
Condal entende a decepção do público, mas garantiu que a espera valerá a pena. “Peço desculpas pela espera, mas direi apenas que se Pouso de Gralhas e Red Sowing são alguma indicação, vamos ter uma vitória com a Batalha da Goela no futuro”, afirmou.
A produção já está planejando a terceira e a quarta temporada, esta última anunciada pela HBO como a derradeira da série derivada de Game of Thrones. Os novos episódios, no entanto, devem demorar para estrear, com previsão para 2026.
Por que não houve batalha no final de A Casa do Dragão?
Ryan Condal, o responsável por A Casa do Dragão, esclareceu a decisão de não incluir uma cena de batalha no último episódio da segunda temporada.
A expectativa dos leitores do livro era alta, principalmente pela aguardada Batalha da Goela, confronto marítimo entre as frotas de Corlys Velaryon (do lado de Rhaenyra) e Tyland Lannister (do lado de Aemond). Contudo, essa batalha ficou para a próxima temporada, o que frustrou muitos fãs.
Condal explicou em entrevista coletiva que a intenção era dar à Batalha da Goela o tempo e o espaço necessários para ser mostrada de maneira épica.
“Queríamos ter o tempo e o espaço para mostrar [a Batalha de Goela] num nível que anime e satisfaça os fãs da maneira merecida. Também queríamos construir um suspense. Então peço desculpas pela espera, mas, com a equipe que construímos, a cena será uma grande vitória“, afirmou Condal.
O showrunner adiantou que a cena será a maior produção que a série já realizou. O embate ocorrerá logo no início da próxima temporada, cujos roteiros já estão sendo escritos. A previsão é que as filmagens comecem no início de 2025.
Os produtores optaram por uma temporada com apenas oito episódios devido a questões orçamentárias.
“Um dos desafios de produzir qualquer série, até numa escala gigante, como é o caso aqui, é que ninguém tem tempo e recursos infinitos. O showrunner sempre precisa equilibrar a história e o orçamento”, contou Condal.
Ele também mencionou a complexidade da produção: “Eu sei que todo mundo quer uma temporada nova todo ano, mas essa série é tão complexa que é como se produzíssemos vários longa-metragens toda temporada”.
Condal confirmou que A Casa do Dragão terminará na quarta temporada. Questionado sobre a duração das próximas temporadas, ele disse: “Não cheguei a discutir isso com a HBO, mas diria que o ritmo da série, do ponto de vista da dramaturgia, será o mesmo da 2ª temporada em diante”.
Próximos conflitos
Ryan Condal evitou dar spoilers, mas deu uma ideia do que está por vir na próxima temporada.
“A história é uma grande metáfora para a guerra nuclear. Se a segunda temporada mostrou os dois lados se armando numa guerra fria, na terceira temporada o caldo começa a entornar. Como sempre, teremos grandes explosões e pequenos momentos de nuance entre os personagens”, afirmou.
Rhaenyra, cada vez mais, se vê como uma messias. O relato de Daemon no último episódio é mais um fator que a personagem usará para acreditar que é a líder prometida na visão de Aegon, o Conquistador.
“Na nossa perspectiva moderna, sabemos que isso pode ser um ponto de vista perigoso para alguém no poder”, argumentou Condal.
Condal negou que a visão de Daemon seja uma confirmação de que Daenerys seja a líder prometida. Em Game of Thrones, não fica claro se o papel pertence à Khaleesi ou a Jon Snow.
O showrunner explicou que, desde o início, buscou uma forma de ligar as duas séries. Por isso, quis mostrar a extinção e o renascimento dos dragões: “Os dragões são a conexão. Sabemos que neste mundo existem 17 dragões, e que no mundo em que conhecemos Daenerys não existe mais nenhum”.
Fonte: Variety
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