Crise de meia-idade? Will Smith passou vergonha mais uma vez

Cheyna Corrêa (Texto: Peter Jordan)

Quase 20 anos sem lançar música, e o Will Smith decidiu ressuscitar a carreira de rapper. O problema é que esse retorno está rendendo mais vergonha alheia do que sucesso. O ator de Em Busca da Felicidade e vencedor do Oscar até tentou voltar aos palcos com energia, mas o resultado foi no mínimo estranho.

Em 2024 ele já tinha dado sinais desse retorno, quando se apresentou no Rock in Rio, cantando hits antigos e mostrando uma inédita. Mas o que parecia ser só uma brincadeira virou coisa séria em 2025, com clipe oficial e até turnê pela Europa.

E é aí que a internet não perdoou.

“Pretty Girls” e a onda de críticas

A música nova se chama Pretty Girls (Garotas Bonitas), e já no refrão entrega tudo: “eu amo garotas bonitas”. É isso, acabou. A letra segue no clichê de ostentação, dinheiro e mulheres, algo que já parecia batido nos anos 2000 — e na voz de um ator de quase 60 anos, soa ainda mais deslocado.

O clipe também não ajudou. Produção estranha, cenas esquisitas e até o estilo visual do Will remetendo ao passado em Um Maluco no Pedaço, só que agora com aquele ar de tiozão tentando parecer jovem. Pra piorar, ele aparece minúsculo ao lado de mulheres gigantes, numa estética bizarra que gerou mais piadas do que aplausos.

Nos comentários do YouTube, só sobrou zoeira:

  • “Eu uso isso como despertador, acordo antes de tocar.” 
  • “Nem o Carlton dançaria essa.” 
  • “O Spotify perguntou ‘tem certeza?’ quando apertei o play.” 
  • “Will dançando igual idoso em festa de bingo.” 

E na apresentação de rua, que viralizou nas redes, a cena foi constrangedora: uma multidão em volta, celulares filmando, mas ninguém cantando, ninguém dançando, ninguém acompanhando a batida. Todo mundo parado, como se não fosse nada demais.

Vergonha internacional

A recepção não foi ruim só entre fãs. O jornal britânico Independent chamou a faixa de “novo single decadente do Will Smith” e até sugeriu que parecia um pedido de ajuda. Para muitos críticos, essa tentativa soa como uma crise de meia-idade: o astro tentando reviver a juventude de rapper quando já não tem a mesma energia — e ainda carregando o ranço do tapa em Chris Rock no Oscar.

Enquanto no Brasil o público até leva na esportiva, brincando com a música e lembrando com carinho da fase Fresh Prince, lá fora a rejeição é muito mais pesada.

Will Smith pode ser um ator incrível, dono de papéis emocionantes em Sete Vidas e Emancipation, mas no rap atual ele parece perdido. Se quer reconquistar o público, talvez seja hora de esquecer esse “novo começo” na música e focar no que ele sempre fez de melhor: atuar.

COMPARTILHE Facebook Twitter WhatsApp

Leia Também


Mais Lidas

ASSINE A NEWSLETTER

Aproveite para ter acesso ao conteúdo da revista e muito mais.

ASSINAR AGORA