Depois de tanto tempo de espera e expectativa, o mais novo título da franquia ‘Jurassic Park’ está entre nós. ‘Jurassic World: Reino Ameaçado’ estreou oficialmente nas salas de cinema brasileiras na última quinta-feira (21) e o Ei Nerd já teve a oportunidade de assistir! Continue lendo para saber tudinho que a gente achou do filme, mas fica esperto: o texto contém spoilers.
Quando uma franquia chega ao seu quinto título, é de se esperar que a série comece a se tornar repetitiva e não consiga mais inovar. Quem entrar no cinema esperando por algo assim, infelizmente, vai se decepcionar com ‘Reino Ameaçado’. A parte 2 da trilogia ‘Jurassic World’, surpreendentemente, consegue inovar em seu enredo e, sem se repetir!, homenagear toda sua história e passado.
E que história, não? Toda vez que me lembro que ‘Jurassic Park’ acaba de completar seus 25 anos (!), não consigo disfarçar o espanto. O novo filme aproveita o simbolismo da data e, não por acaso, foi lançado no mês de aniversário do icônico longa de Steven Spielberg.
O número de referências e inspirações durante a exibição de ‘Reino Ameaçado’ são quase incontáveis e fãs nostálgicos vão sentir aquele calor no coração praticamente o tempo todo. São singelas e, por vezes, imperceptíveis para olhares não-treinados, mas estão lá do início ao fim! Duvido você não se arrepiar, por exemplo, ao perceber um braquiossauro recebendo os visitantes na Ilha Nublar – numa linda recriação da cena do filme original.
“Você se lembra da primeira vez que viu um dinossauro?”, pergunta uma das personagens a certa altura do filme e parece que a quarta parede foi quebrada. A vontade de todos na sala de cinema é gritar um sonoro e nostálgico “sim!”.
Mais assustador?
Muito tem se comentado, em outras resenhas pela internet afora, que ‘Reino Ameaçado’ seria o filme mais assustador da franquia. Será?
O filme começa com uma incrível cena na Ilha Nublar e, claro, com algumas mortes. Diferente do primeiro título, temos a ilustre presença da T-Rex logo nos primeiros minutos de exibição. Quem também estrela logo no começo é o misterioso mosassauro, que sempre aparece para surpreender. A cena inicial é emocionante e assustadora, mas, me desculpem falar, também é hilária – deixando no ar o gostinho do que veremos dali pra frente.
Não se pode negar que o diretor espanhol J. A. Bayona criou uma atmosfera totalmente nova e diferente do que conhecíamos até então. Numa tacada de mestre, que nenhum trailer ou imagem pré-divulgada tinha nos preparado, o filme ganha uma estética absolutamente inédita em sua metade.
Inédita e claustrofóbica! Ao encerrar o arco da Ilha Nublar, com a maioria dos dinossauros sendo re-extintos (e uma cena pra lá de emocionante com a morte simbólica de um braquiossauro), o filme ganha um novo tom, mais sombrio e com mais suspense. Os poucos dinossauros que sobraram são levados para uma mansão nos Estados Unidos, de onde a história continua seu desenrolar.
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Estar em um ambiente fechado com criaturas pré-históricas e assassinas, realmente, deve ser mais assustador do que estar com elas em um grande parque a céu aberto. Talvez seja eu quem esteja vacinado pela vida… achei o filme assustador, sim. O mais assustador da franquia? Não mesmo!
Ainda hoje, 25 anos depois (!) e sabendo todas as falas de ‘Jurassic Park’ decoradas, eu ainda sinto MUITO medo do filme. Com destaque para a inesquecível cena dos raptores com as crianças na cozinha do parque.
Inovou até demais?
Uma das coisas que eu mais gosto nesta segunda trilogia da série é a retratação positiva dos dinossauros. Eles são seres do bem, revividos pelo homem, mas filhos da mãe natureza. Os dinossauros não são os vilões do filme.
Há dinossauros vilões, é claro! Um em cada filme: a Indominus Rex, em ‘Jurassic World’ e o novíssimo Indoraptor, agora em ‘Reino Ameaçado’. Criaturas híbridas, fruto da ambição do homem e criadas por ele com DNA modificado e desejo de matar.
Todos os outros dinossauros presentes no filme estão apenas tentando seguir seus instintos naturais e surgem, muitas vezes, para ajudar os mocinhos humanos. Um bom exemplo é Blue, a velociraptor que já tinha ajudado no primeiro filme e, agora, é a grande heroína da história.
Diferentemente da Indominus Rex, o Indoraptor não mexeu comigo. Convenhamos, o design é meio feio e é bastante esquisito ele se movimentar nas quatro patas. Pode ser bobagem minha? Pode, sim. Mas é isso aí! (rsrs)
Para efeitos estéticos, o final do filme é incrível, com os dinossauros saindo, pela primeira vez, livres pela Terra. Sem falar na arrepiante frase do icônico Dr. Ian Malcolm (sim, ele mesmo!): “Bem-vindos ao Mundo Jurássico”. Verdade seja dita, os animais que fugiram pelos Estados Unidos foram uns 15 e olha lá! É claro que o governo tem as condições de lidar com eles em pouquíssimo tempo, mesmo que eles causem algum desconforto e estrago indesejado no começo.
Por fim, pareceu um tanto quanto desconectado da história o surgimento de uma clone humana. Claro, a inserção desse assunto nada mais é do que um gancho para o próximo filme da série. Muitos outros ganchos foram inseridos e, nesse quesito, o filme pode ter dado um passo maior do que a perna.
Daqui até o lançamento de ‘Jurassic World 3’, muitas dúvidas permearão nossas mentes. Vão conseguir dar conta de tantos ganchos? Se não vão explorar a todos, porque citaram? Realmente existia a necessidade de mexer com clonagem humana, em um filme sobre dinossauros? Estamos prestes a assistir mais um título épico da franquia ou a coisa vai desandar?
Em resumo, ‘Jurassic World: Reino Ameaçado’ é um presente para os fãs e título fundamental na lista de quem curte entretenimento de qualidade no cinema.
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