Dragon Ball Super: Broly é o novo filme da franquia de Akira Toriyama e está certamente entre os melhores. A produção coloca o saiyajin Broly oficialmente no cânone da franquia e traz mudanças no personagem em relação à sua versão apresentada nos filmes dos anos 90. E essas mudanças são, na verdade, melhorias.
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O filme se passa imediatamente após o fim do anime de Dragon Ball Super, que terminou com o Torneio do Poder envolvendo 8 universos, do qual o universo 7 foi o vencedor. Porém, antes de seguir para o início da história do longa em si, precisamos voltar 41 anos no tempo, quando o planeta Vegeta estava prestes a ser destruído e 3 saiyajins importantes estavam terminando sua estadia nas cápsulas incubadoras: Kakarotto, o príncipe Vegeta e Broly.
A primeira parte do longa reconta a destruição da terra natal dos saiyajins e o destaque aqui vai para Bardock, o pai de Goku. Os acontecimentos mostrados no especial de 1990 que conta sua história são modificados e vemos o casal Bardock e Gine se dando muito bem. O pai de Kakarotto ganha contornos mais leves ao invés da sisudez e aparente indiferença com o que foi mostrado no passado. Além disso, a razão para que seu filho seja mandado para a Terra é muito mais afetiva e chega a render uma cena emocionante.
Se o flashback é tenso, mostrando a crueldade de Freeza com os saiyajins e a tristeza do isolamento de Broly e seu pai, o filme volta para a época atual com bastante bom humor. Goku, Bulma e Whis trazem diálogos engraçados e o sempre presente mau humor de Vegeta também acaba sendo cômico em alguns momentos. Até mesmo o maligno Freeza arranca boas risadas em uma cena específica onde um de seus soldados o questiona sobre qual desejo ele irá pedir às Esferas do Dragão. Prepare-se para rir bastante em Dragon Ball Super: Broly.
O personagem que dá nome à produção também não decepciona. Como já dito, as mudanças de Broly em relação á sua versão original foram melhorias, especialmente no que diz respeito às suas motivações, algo que era frequentemente motivo de críticas no original. Broly não tem nada a princípio contra Goku e sua vingança é voltada para Vegeta, por motivos bem explicados no início do filme. Na verdade, dá para afirmar que a vingança é mais desejo de Paragus, seu pai, do que do próprio Broly.
O fã que acompanha a franquia especialmente por causa das lutas vai sair bem feliz do cinema. Broly é uma máquina de combate e se não é o personagem mais forte, certamente é o mais “apelão” da franquia. O saiyajin consegue superar o poder de Goku e Vegeta com relativa facilidade, por mais que os dois subam os níveis de suas transformações até o máximo. Quando atinge seu pico, motivado por um evento já esperado, nem mesmo Freeza em sua forma dourada faz frente a ele, que espanca o vilão com maestria.
A aguardada fusão entre Goku e Vegeta aparece mais para o final da projeção, como uma medida desesperada frente a um Broly completamente descontrolado. A dança não é realizada de forma perfeita na primeira tentativa, o que rende mais alguns momentos divertidos. Gogeta se mostra bastante orgulhoso e mesmo depois da batalha principal, não perde a oportunidade de intimidar Freeza.
Com participações menores, mas nem por isso menos importantes, constam ainda personagens já bem conhecidos como Bills, Piccolo, Goten e Trunks. Entre os novos personagens, os soldados do exército de Freeza também agradam, desde os não tão malignos Chelye e Lemo até o “puxa-saco” Kikono e a atrevida Berryblue. O saiyajin Beets, anunciado entre as novas caras do filme, acaba sendo pouco aproveitado.
O final deixa espaço para continuações, tanto em filme quanto no anime, mas sem nenhuma dica maior do que está por vir. O longa cumpre bem o papel de aprofundar a origem dos saiyajins — tanto que, em um momento raríssimo, Goku se refere a si próprio como Kakarotto, seu nome de batismo.
O visual é caprichado, especialmente nos momentos onde Broly se mostra insanamente poderoso. Os diálogos são bem escritos e o roteiro é bem produzido, principalmente em comparação com filmes mais antigos da franquia de Akira Toriyama, onde a pancadaria era privilegiada em relação à história. Por aqui, os dois aspectos foram tratados com a mesma atenção. Dragon Ball Super: Broly diverte e é uma boa adição aos acontecimentos oficiais da obra.
Dragon Ball Super: Broly chega aos cinemas em 3 de janeiro de 2019.
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