A Netflix está enfrentando uma onda de críticas após o lançamento de seu mais recente filme, Mary, traduzido no Brasil como Virgem Maria.
A produção, que estreou na última sexta-feira (6), vem gerando controvérsias principalmente devido à escolha do elenco.
O motivo central das críticas está na escalação de atores israelenses para papéis principais. Entre eles, Noa Cohen, que interpreta Maria, além de Ido Tako, Ori Pfeffer, Mili Avital, Keren Tzur e Hilla Vidor.
Com os recentes conflitos na região entre Israel e Palestina, a decisão foi considerada insensível por parte do público.
Nas redes sociais, usuários expressaram indignação. “Escalar uma atriz israelense para interpretar Maria, a mãe de Jesus, enquanto Israel está bombardeando a terra natal de Jesus e destruindo igrejas, é profundamente ofensivo”, publicou um internauta no Twitter.
Outro comentário seguiu na mesma linha: “Há algo perturbador em uma atriz israelense interpretar Maria enquanto comunidades cristãs palestinas estão sendo atacadas e patrimônios históricos apagados”.
O contexto geopolítico atual intensifica as críticas ao filme. Segundo um relatório da ONU Mulheres, mais de 40 mil palestinos morreram nos confrontos desde os ataques de 7 de outubro de 2023.
Desses, 70% eram mulheres e crianças. Esses números, considerados alarmantes, superam em quase três vezes os registros dos últimos 15 anos.
Diretor de Virgem Maria defende a obra e as escolhas artísticas
Diante da controvérsia, o diretor D.J. Caruso se pronunciou em entrevista à revista Entertainment Weekly. Ele explicou que o filme busca trazer uma abordagem única sobre Maria, apresentando-a como uma jovem inteligente e resiliente.
“Queríamos destacar o amadurecimento de Maria, sua força para enfrentar desafios como o estigma social, a perseguição de um rei ciumento e o peso de um destino que transformaria o mundo”, afirmou o cineasta.
A narrativa é baseada em textos bíblicos e apresenta Anthony Hopkins como Rei Herodes, explorando o decreto que ordenou a morte de todos os meninos nascidos em Belém.
Segundo Caruso, Maria é retratada como uma figura central em um dos momentos mais marcantes da história cristã.
Apesar das intenções do diretor, a produção da Netflix continua dividindo opiniões, com muitos espectadores questionando a sensibilidade da obra diante do cenário atual.
Virgem Maria segue disponível na plataforma da Netflix, mas as discussões em torno do filme prometem continuar.
Confira o trailer da série Virgem Maria, da Netflix:
Fonte: NDMais
Seja o primeiro a comentar