Por acaso já te passou pela cabeça ver alguma empresa tendo a audácia de produzir um jogo em que o jogador precisa estuprar uma mulher? Por incrível que pareça, isso já aconteceu, e há muito tempo, com Custer’s Revenge, game do famoso Atari 2600.
Custer’s Revenge foi lançado em 1983 pelo estúdio Mystique, que se especializou em produzir jogos com conteúdo adulto. Ele tem esse nome por conta do Coronel George Armstrong Custer, que participou da Guerra Civil americana e morreu durante os vários conflitos entre o exército americano e os indígenas locais no decorrer do século 19.
No game, o jogador controla o Coronel Custer, que está vestindo apenas um chapéu, botas e um cachecol, e está com uma ereção bem aparente. Ele decide se “vingar” de sua morte (“revenge” é a palavra “vingança” em inglês) e para isso, opta por estuprar uma mulher indígena que está amarrada em um poste.
O único obstáculo que o jogo impõe ao jogador são algumas flechas que são disparadas na direção de Custer, mas basta apenas andar para frente ou para trás para desviar delas. Uma vez que o personagem alcança a mulher, Custer’s Revenge dá pontos para cada segundo em que ele penetra a vítima.
Nem é preciso dizer que mesmo se tratando dos anos 1980, muita gente detestou o jogo. A própria Atari processou a Mystique, ao afirmar que Custer’s Revenge manchou a imagem da empresa. Algumas cidades baniram a venda do game e alguns protestos foram organizados.
Para piorar a situação, a Mystique ainda tentou se defender e disse que a indígena aceitou participar do ato. Claro, quase ninguém acreditou nessa conversa. Ainda em 1983, a empresa declarou falência por conta da crise americana dos videogames daquele ano.
Com certeza, um fim melancólico para o estúdio responsável por desenvolver um dos videogames que mais desrespeitaram qualquer valor ético ou moral na história.
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