A performance de Daniel Craig no novo longa-metragem de Luca Guadagnino, Queer, tem gerado rumores de uma possível indicação ao Oscar para o ator.
Conhecido por seus papéis icônicos como James Bond e Benoit Blanc, Craig agora adiciona o personagem William Lee ao seu portfólio, um expatriado americano, gay e viciado em drogas, em uma narrativa carregada de emoções e explorada de maneira única.
O filme, que teve sua estreia norte-americana no Festival Internacional de Cinema de Toronto, é baseado no romance de William S. Burroughs e segue Lee, que vive em quase total isolamento até encontrar Eugene Allerton (interpretado por Drew Starkey), um jovem estudante que acaba de chegar na cidade. Essa relação abre a possibilidade de Lee finalmente encontrar uma conexão emocional significativa.
Craig, amplamente reconhecido em Hollywood, já demonstrou sua versatilidade em papéis anteriores, como o irlandês ameaçador de Estrada para Perdição e o hilariante Joe Bang em Logan Lucky: Roubo em Família.
No entanto, sua interpretação em Queer tem sido descrita como uma das mais sensíveis e transformadoras de sua carreira. Críticos acreditam que ele pode se destacar na corrida pelo Oscar de Melhor Ator, embora o filme, com suas cenas gráficas e narrativa não convencional, possa enfrentar resistência de membros mais conservadores da Academia.
Outros nomes também podem surgir como fortes concorrentes. Jason Schwartzman, por exemplo, entrega uma atuação notável como Joe, um amigo espirituoso de Lee. Sua performance, descrita como “sua melhor até agora”, poderia lhe render uma primeira indicação ao Oscar. Já Drew Starkey, que interpreta o enigmático Eugene, oferece uma performance discreta e calculada, o que pode não ser tão atraente para os votantes, conhecidos por preferirem atuações mais intensas.
Luca Guadagnino, apesar de ser um diretor aclamado, nunca conseguiu grande reconhecimento da Academia. Filmes anteriores, como Me Chame Pelo Seu Nome, não lhe renderam uma indicação na categoria de Melhor Diretor.
Mesmo assim, sua combinação única de elementos como sexo, drogas e trilhas sonoras marcantes pode surpreender os votantes.
Entre os aspectos técnicos, o filme se destaca pela sua cinematografia impactante, assinada por Sayombhu Mukdeeprom, além de um design de produção diferenciado por Stefano Baisi e Lisa Scoppa.
A trilha sonora, assinada pelos renomados Trent Reznor e Atticus Ross, também deve chamar a atenção, incluindo até mesmo uma canção original.
A distribuidora A24 tem um grande desafio pela frente. Apesar de sua lista extensa de candidatos a prêmios, que inclui Queer e The Brutalist, seu novo projeto com Brady Corbet, fazer com que o público e a Academia abracem um filme como Queer não será tarefa fácil.
No entanto, a expectativa é alta de que Daniel Craig, com sua atuação, possa finalmente receber o reconhecimento que muitos acreditam que ele merece.
Agora, resta saber se a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas estará pronta para abraçar este filme ousado e inovador.
FONTE: Variety
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